Kombi, desde o seu início até o primeiro milhão produzido
Com base num extenso e raro material fotográfico vamos recontar a saga do veículo que comemorou 60 anos de existência recentemente. A partir de uma idéia, ou melhor, de uma grande necessidade do pós-guerra nasceu um veículo que conseguiu conquistar o mundo fazendo sucesso com base nos componentes do Fusca. Porém foi projetado sem a participação de Ferdinand Porsche, que naquele tempo já era idoso e se encontrava muito debilitado pelo ocorrido no pós-guerra quando ele foi mantido prisioneiro pelos franceses, tendo sofrido mau tratos apesar da idade.
Na linha de pintura foi empregada pela primeira vez o sistema de imersão da carroceria para aplicação de fundo anti-corrosão.
Modernas linhas de transporte de carrocerias as transportavam pela fábrica, inclusive pela ala de pintura.
Para a pintura completa de uma Kombi em 1956 eram necessários 24 quilos de tinta.
Em 1958 a Alemanha prosseguia com o crescimento do nível salarial constante, alcançando os níveis praticados antes da guerra.
Em 1959 a economia alemã continuava em alta e a fábrica de Hannover seguia com uma produção fantástica.
A esta altura já eram produzidos 400 veículos por dia, as linhas de montagem não paravam.
Trens cheios de Kombis de todos os tipos partiam da fábrica.
A oferta de mão de obra em Hannover num dado momento passou a não atender mais a demanda da fábrica VW e tornou-se necessário iniciar a importação de mão de obra de outros países…
Numa ação relâmpago a fábrica de motores foi transferida de Wolfsburg para Hannover. Parece incrível que sob estas condições de aparência precária se produzia com grande qualidade.
Produção da suspensão dianteira que era especial para suportar as cargas que as Kombis conseguiam transportar.
Em 1962 esse número foi atingido e uma festa foi celebrada no final da linha de fabricação. Naquele tempo já eram produzidas Kombis no Brasil, cuja fabricação havia iniciado em 1958.
A milionésima Kombi, um lindo modelo “Samba Bus” – com teto solar e janelas adicionais no teto, foi decorada com flores e cartazes comemorativos.
Aplausos dos operários para este veículo que foi um marco desde a idéia inicial lançada por Bem Pon e que alcançou neste momento seu número de fabricação um milhão.
Ex-Presidente do Fusca Clube do Brasil. Autor do livro EU AMO FUSCA e compilador do livro EU AMO FUSCA II. Autor de artigos sobre o assunto publicados em boletins de clubes e na imprensa nacional e internacional. Participou do lançamento do Dia Nacional do Fusca e apresentou o projeto que motivou a aprovação do Dia Municipal do Fusca em São Paulo. Lançou o Dia Mundial do Fusca em Bad Camberg, na Alemanha. Historiador amador reconhecido a nível mundial e ativista de movimentos que visam à preservação do Fusca e de carros antigos em geral. Participou de vários programas de TV e rádio sobre o assunto. É palestrante sobre o assunto VW com ênfase para os resfriados a ar. Foi eleito “Antigomobilista do Ano de 2012” no concurso realizado pelo VI ABC Old Cars.
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