Uma família da cidade de Alameda na Califórnia, Estados Unidos — pai, mãe e filho — numa Kombi Westfália 1971, seguem viagem pelos EUA, Canadá tendo o Brasil como destino final…
Depois da aventura do “Ervilha”, o Fusca “Split Window” 1951 que levou dois alemães, o Dirk e o Torsten, do Canadá até o sul da Argentina (https://maxicar.com.br/2015/03/a-bordo-de-um-fusca-split-window-rumo-a-patagonia/), sem ter podido vir até o Brasil, agora o plano do Jason, da Ângela e do Bode (com quatro anos e meio) é vir até o Brasil.
Agora os intrépidos viajantes da Kombi Westfália já estão em Sinaloa, no México seguindo viagem para o Brasil.
A rota deles na América do Sul deve ser semelhante àquela seguida pelo Ervilha, só que eles devem subir até o Brasil, com previsão de chegar até a Bahia. Eles estão procurando contato com clubes VW pelo caminho para troca de idéias e eventualmente suporte para a aventura deles.
A Kombi 1971 estava um tanto depredada quando foi escolhida para a aventura. O carro foi adquirido de um colecionador da cidade de Alameda mesmo. Alguns diriam que o camarada é o homem da sucata, mas desde que ele é centrado em VW antigos, ele é mais um curador de um acervo desta espécie carros. Ao menos se deve louvar a sua dedicação ao VW clássico.
Enfim, o tal colecionador comprou a Kombi na cidade de Oakland, Califórnia, do outro lado da Bahia de São Francisco, em um leilão de itens embargados. O carro permaneceu apreendido por 9 meses, e não há absolutamente o que dizer sobre o motivo por que ele foi apreendido… Ah sim, você já viu isso? Mesmo depois de ter sido supostamente “limpo”, ao ser trazido para a casa do Jason foram encontrados um saco de maconha e dois “cachimbos”. Belo trabalho de investigação da polícia de Oakland… Não é de admirar porque o proprietário nunca tenha aparecido para resgatar a Kombi apreendida.
Muita coisa teve que ser melhorada ou substituída. A primeira coisa foi remover a tinta até a chapa e limpar tudo com jateamento. Então foi hora de dar uma olhada na mecânica: motor, freios, e tudo mais que aparecesse devia ser melhorado. O interior estava lamentável. Foram necessários trabalhos de soldagem, marcenaria, carroçaria, pintura, etc. Foi um bom divertimento.
Em resumo, a Kombi recebeu uma semi-restauração, incluindo pintura e estofamento. Foram acrescentados faróis especiais. Uma geladeira de 12V e 2 baterias. LEDS super brilhantes foram instalados em vários locais. Cintos de segurança de três pontos (que não são equipamento original) Amortecedores especiais da Boge e pneus novos. Plataforma customizada no teto com leito. Como o motor acabou fundindo em Portland, no estado de Oregon, foi instalado um outro novinho em folha que deve levar os três viajantes para todos os cantos que pretendem visitar.
Destaques dos classificados
Os recursos para a viagem foram obtidos com trabalho e muita economia. A previsão de um ano para a viagem parece que não será suficiente. O percurso entre os Estados Unidos, Canadá e entrada no México levou seis meses. A chegada até a Argentina/Brasil é um primeiro passo; o desejo maior é uma volta ao mundo, que seria a realização de um grande sonho. A rota percorrida até agora é a seguinte:
Eles têm um site na Internet, escrito em inglês, que está sendo cuidadosamente atualizado:www.bodeswell.com.
Numa viagem destas é possível “descobrir” algumas curiosidades marcantes como foi o caso em Santa Rosália em Baja. Esta foi uma cidade mineira que pertencia a franceses e que enviava cobre para o noroeste do Pacífico. De lá, ao invés de retornar com os navios vazios, enchiam-nos com a madeira e enviavam de volta para Baja. Como resultado, a cidade é constituída principalmente de edifícios de madeira com grandes balaustradas em torno de grandes varandas. Bastante diferente do habitual estuque e cimento que pode ser visto em qualquer outro lugar da região.
A grande atração de Santa Rosália é a igreja projetada por Eiffel. É uma construção pré-fabricada de metal; no interior ela se parece com uma igreja católica comum. Esta igreja foi apresentada em 1889 na Exposição Mundial de Paris, onde Eiffel também lançou a famosa torre em Paris. Ele ganhou um prêmio pelo projeto desta igreja. Posteriormente, foi comprada pelos franceses que moravam no México e trazida para esta cidade.
A sucessão de descobertas e emoções é muito grande, fato que deixa muitos de nós com vontade de fazer uma viagem destas.
Jason Rehm pediu que as pessoas que puderem participem desta aventura através da indicação de nomes de pessoas e clubes que estejam dispostos a colaborar, pois ele não tem contatos na América do Sul. Para tanto além do Site há o e-mail dele jason.rehm@gmail.com, para contato.
Itinerário
A rota dos Kombinautas de Alameda, Califórnia/EUA esta esboçada de uma maneira aproximada e será definida, passo a passo, em função das condições de cada trecho.
Eles estão fazendo contatos agora e nós estamos divulgando a viagem e promovendo contatos com aqueles que querem participar da aventura deles.
O mapa mostra o rumo a seguir, o detalhamento será feito mais adiante. Existe certa flexibilidade para acomodar a rota final. O que está definido é que eles entrarão no Brasil vindos da Argentina. Seguirão pelos estados do Sul do Brasil até o Rio de Janeiro e daí será definida a rota até a Bahia.
Fica a pergunta: quem se habilita a participar?
[su_divider divider_color=”#f6f6f6″ link_color=”#f6f6f6″]E aqui no Brasil?
No Brasil praticamente não se encontram Westfálias, quem sabe pela falta da cultura do campismo na época, coisa que já mudou bastante. Há alguns anos atrás acampar era para um grupo pequeno de “civis”, descontando pescadores e caçadores para os quais acampar era um meio para possibilitar o hobby.
A VW até que tentou introduzir uma Kombi Camping que era uma fabricação conjunta da VW com a Karmann-Ghia, mas o sucesso foi pequeno e o projeto acabou ficando na gaveta. Por outro lado algumas empresas como a Carbruno de São Bernardo do Campo faziam adaptações sob encomenda para camping em Kombis. Na maioria destas empresas faziam adaptações para pontos de venda em Kombis, versões camping eram realmente raras.
Já a Westfália, uma empresa alemã, partiu para as modificações desde o lançamento da Kombi na Alemanha, tomando por base até o último modelo fabricado.
Desde o início a Westfalia fez adaptações para abrir o teto das Kombis e permitir um espaço maior para os campistas.
Já na Argentina as Westfalias fizeram sucesso, tanto que em Buenos Aires existe um clube dedicado a este carro e no dia 13 de fevereiro houve mais um encontro em Puerto Madero, um bairro chique da capital portenha. Por coincidência foi o aniversário de Guillermo Müller, um dos membros mais ativos do Clube amigo de muitos anos (foto acima.
Mais fotos deste simpático evento enviadas pelo Guillermo Müller, do qual participaram várias gerações de Westfálias, podem ser vistas no álbum do Flickr cujo link é o seguinte:www.flickr.com/photos/gromow/sets/72157623438315667/
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