10 Perguntas ao Presidente, com Fatima Barenco Conteúdo Nossos Colunistas

CAIO MÁRIO BAPTISTA PEREIRA – Clube de Autos Antigos Rota Real, MG

‘Fazer o que gostamos e com amigos, é fácil!’

[dropcap]E[/dropcap]mpresário, contaminado pelo vírus da ferrugem desde criança, vírus esse que foi transmitido para a sua esposa e também para o seu filho Mateus, conhecido de todos nós e um grande apaixonado pelos carros antigos. Preside o Clube de Autos Antigos Rota Real desde 2009 e agora é também Representante Regional da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) na Região Minas II. Este mês tenho a grande honra de conversar com o amigo, Caio Mário Baptista Pereira.

  Em primeiro lugar, vamos conhecer um pouco a história do Clube de Autos Antigos Rota Real. Como tudo começou? Que atividades o clube realiza?

Caio – O Clube de Autos Antigos Rota Real — CAARR nasceu em 21/10/2009. Após a realização de um encontro em Conselheiro Lafaiete – MG, conversei com várias pessoas da prória cidade e de Ouro Branco, Congonhas, São Braz do Suaçuí, Carandaí e Ouro Preto, para juntos formar um clube regional, um clube só que representasse todas estas cidades e que já começaria com um grande acervo de seus integrantes. Logo após a criação do clube passamos a fazer passeios pelas cidades que compõem o mesmo e alguns eventos na parte social.

Encontro organizado pelo CAARR em Santana dos Montes – MG, no ano passado

  A falta de patrocínio tem feito com que alguns eventos deixem de ser realizados em suas próprias cidades e passem a contar com a ajuda de cidades vizinhas que se oferecem para a realização do evento. Como você vê essa questão?

    A falta de vontade e de interesse de algumas cidades têm nos levado a procurar outras cidades vizinhas, onde o interesse seja o mesmo do Clube em reunir amigos e apreciadores do antigomobilismo.”

Caio – Não só a falta de patrocínio, mas a falta de vontade e de interesse de algumas cidades têm nos levado a procurar outras cidades vizinhas, onde o interesse seja o mesmo do Clube em reunir amigos e apreciadores do antigomobilismo. E não têm faltado convites para a realização de eventos em diversas cidades da região, graças às amizades de todos no Clube. Como são automóveis, podemos ir aonde desejarmos com nossos antigos.

  Além de presidente do CAARR, você será também é atualmente Diretor Regional da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) na Região Minas II (Alto Paraopeba e Zona da Mata), durante a gestão do novo presidente Roberto Suga. Fale um pouco sobre a importância dos representantes regionais e o como você pretende atuar neste cargo?

Caio Mário ao lado do novo presidente da FBVA, Roberto Suga, na cerimônia de posse como Diretor Regional da entidade. Dia 19 de agosto, em São Paulo, SP

Caio – Como Diretor Regional, procurarei estar presente aos encontros e passeios feitos na região, ouvindo e levando junto à Federação as necessidades dos clubes desta região.

  Não podemos deixar de falar sobre a tão polêmica Placa Preta. Carros com placas irregulares já estão se tornando comuns, infelizmente… Será que o seu objetivo maior que é o orgulho de se possuir um carro com alto índice de originalidade está morrendo? Gostaria de ouvir a sua opinião sobre o assunto.

Caio – Sabemos que a Placa Preta realmente tem sido alvo de muitas críticas, existem clubes muito sérios — a grande maioria — mas existem outros que nem clube são; nem ao menos são filiados à FBVA. Existem apenas para vender estas placas a quem interessar, para se isentar de inspeção veicular em algumas cidades. Acredito que a grande maioria dos carros que estão com suas Placas Pretas realmente são merecedores das mesmas.

 Mychele e Mateus seus grande companheiros. Nos fale sobre essa união tão saudável de família e carros antigos que deixou marcado em seu filho essa grande paixão pelo antigomobilismo.

Caio, Mateus e Mychele: familia unida pelo antigomobilismo

Caio – O apoio é sempre muito importante em tudo na vida. Mychelle e Mateus já se acostumaram a perguntar sempre se no final de semana tem algum passeio ou encontro. Mateus então desde os dois anos frequenta os encontros, por isso se tornou muito conhecido de todos no meio, sempre muito atento a todos os detalhes dos carros.

 Qual a sua avaliação com relação ao crescimento dos eventos em nosso meio?

Caio – Os eventos a cada dia maiores e com mais qualidade, o restauro dos carros a cada dia com qualidade superior. Vem se espalhando pelo Brasil, essa paixão por carros que muitas vezes marcaram a história e a vida das pessoas. Sempre que alguém passa por um carro antigo e conta histórias que tem algo a ver com esse ou aquele carro em exposição é bom ver que o carro antigo sempre resgata algo de bom.

  Vamos falar um pouco sobre o antigomobilismo em sua vida. Como e quando surgiu sua paixão pelos carros antigos? Entre eles qual o seu xodó sobre rodas? Alguma lembrança marcante a bordo de algum deles?

Caio – Essa paixão por carros já está no sangue do brasileiro. Agora, por carros antigos surgiu ainda pequeno com meus 8 ou 9 anos de idade. Eu ia com meu pai aos poucos encontros que aconteciam em Belo Horizonte; era mais uma reunião do que um encontro, o movimento era pequeno. E eu já ficava olhando o tamanho e cromados dos carros antigos. Falar sobre carro preferido é difícil, mas vamos falar do que está há mais tempo me levando aos encontros, trata-se do Opala 1973 preto, que há quatorze anos tem feito este papel e muito bem, sempre com muito conforto e segurança.

O belo Opala de Luxo 1973. Foi com ele que tudo começou

  O Clube de Autos Antigos Rota Real abrange as cidades de Conselheiro Lafaiete, Ouro Preto, Ouro Branco, Carandaí e São Brás do Suaçuí. Como administrar um clube de autos antigos com essa configuração intermunicipal, que foge um pouco do padrão comum?

Caio – Como disse anteriormente, o Clube Rota Real tem o objetivo de juntar amigos e cidades em torno de uma paixão em comum, o carro antigo e tem feito este papel muito bem, graças aos diretores e sócios do clube que não medem esforços para que os passeios ou encontros sejam perfeitos e agradem a todos que nos acompanham.

     Sempre que alguém passa por um carro antigo e conta histórias que tem algo a ver com esse ou aquele carro em exposição é bom ver que o carro antigo sempre resgata algo de bom.”

Temos ótimos diretores e sócios que no dia do encontro, todos a postos lembram até um pit stop, de tão coordenado e rápido, e assim conseguimos organizar sempre nossos encontros para todos visitantes. O clube passa a ser uma grande família, tamanho respeito e companheirismo de todos, sempre muito unidos. Obrigado a todos que fazem parte da família CAARR.

 Faça um balanço de sua atuação à frente da presidência e nos fale o que considera como a maior dificuldade para se manter um clube.

Caio – A formação de um clube talvez seja a parte mais difícil. Após esta etapa não vejo dificuldades, muito pelo contrário, fazer o que gostamos e com amigos, é fácil. Tomar decisões de forma democrática — dentro do clube somos todos iguais — pode ser a chave para o sucesso. É importante as pessoas deixarem as vaidades de lado, que em minha opinião só atrapalha.

Encontro organizado pelo CAARR em Conselheiro Lafaiete, MG

 Nossa entrevista está chegando ao fim e deixamos aqui com a palavra o grande amigo e presidente Caio Mario Baptista Pereira, a quem agradeço imensamente pela grande colaboração ao Portal Maxicar e a todos que nos prestigiam com suas visitas, para que possam conhecer um pouco dos clubes pelo Brasil. O espaço é seu…

Caio – Eu que agradeço em meu nome e de toda minha família, em nome da família CAARR a vocês que sempre nos acompanharam, sempre divulgando nossos eventos e todos outros eventos de maneira muito profissional.
Obrigado Fátima e Fernando.

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