Está certo, existem pais que dão uma ajudinha para que o filho seja Fuscamaniaco também!
Meu sobrinho Marcos, desde pequeno gostava de Fuscas, mesmo não tendo tido muitos na família dele. Mas era um tal de querer Fuscas de brinquedo, apontar Fuscas na rua, em suma, algo que parecia estar no DNA do menino. Ele tinha muitos Fusquinhas de brinquedo e adorava enfileirá-los. Às vezes o chão da sala de sua casa ficava coberto de Fusquinhas.
Quando ele conheceu o Tio Alemão, eu, ai a empatia foi imediata, principalmente quando o Marcos, ainda menino, foi passear de Rosinha…
O tempo passou, o menino virou um adulto, casou e veio uma filha, a pequena e determinada Lilian. Mas com menina o Marcos não se motivou a “dar uma ajudinha à natureza” para que ele se tronasse uma Fuscamaniacazinha.
Depois de dois anos a cegonha avisou que um menino estava a caminho. Bem, agora o papo era outro e o espírito Fuscamaníaco do Marcos entrou em efervescência. Ele e sua esposa Mariana iniciaram a decoração do quarto do menino, o Fernandinho. Ai a “bliztkrieg” Fuscamaniaca foi maciça. O quarto foi decorado com Fusquinhas até no bercinho. Parecido com o que um pai torcedor de um time de Futebol faz com o quarto de seu filho. Já passa de um procedimento subliminar: foi lavagem cerebral mesmo…
Na verdade o Tio Alemão não ficou de fora desta “blitzkrieg” e em sua viagem a Manaus em junho de 2010, ao passear pela feira de artesanato que é montada próximo ao Teatro Amazonas viu uma plaquinha com Fusca que era personalizável na hora. Não deu outra: foi confeccionada uma placa para o quarto do Fernandinho.
Mas, este ano a Lilian começou a apresentar estranhos sintomas de Fuscamania. Inicialmente ela desenvolveu um interesse muito grande pelo DVD do último filme do Herbie, já deve ter assistido mais de 20 vezes. Ai em seu terceiro aniversário ela exigiu que a decoração fosse baseada no Herbie.
O Marcos tem um amigo que tem um Fusca “comunitário” lá na cidade que ele mora, no interior de São Paulo. O tal Fusca é emprestado para quem necessitar de um carro e a manutenção é “compartilhada”, mas o Fusca está necessitando urgentemente de uma reforminha mais ampla. Pois bem, o Marcos foi lá na casa do tal amigo e “convocou” o Fusca para participar da festa de aniversário da Lilian, que incluiria um passeio de Fusca, mas no finzinho do passeio o freio do valente Fusquinha decidiu fraquejar e foi mais seguro voltar a pé.
Mas os amigos que usam o tal Fusca estão se cotizando e pretendem fazer uma reforma, que incluirá a troca de cor. O carro será branco, a cor de predileção do seu dono, além de ser reformado em sua parte mecânica e estética. Afinal de contas ele merece o carinho de todos.
Destaques dos classificados
Voltando à família do Marcos, ainda é cedo para dizer se a lavagem cerebral feita com o Fernandinho surtiu algum resultado, pois ele ainda é muito pequenino.
Mas no caso da Lilian ficou provada a herança genética, e mais ainda que tal herança independe de sexo. Um resultado surpreendente e interessante que mostra que a Fuscamania é genética, isto não é inacreditável?
Não contente com a festinha de aniversário em casa, a Lilian fez questão que a festinha na escolinha também tivesse o Herbie como tema, e assim foi como mostram as fotos abaixo.
Mas a vovó paterna segredou o seguinte: — “O Fernandinho, atualmente com nove meses, dentre todos os brinquedos que tem, já demonstra um vivo interesse e preferência pelos Fusquinhas, mas só consegue brincar com eles quando a irmã não está por perto porque ela morre de ciúmes de todos os Fusquinhas que existem na casa, quer sejam os dela, quer sejam os dele. Ela apossou-se de todos eles, e Fernandinho, por enquanto, ainda não sabe reclamar e nem impor a sua vontade; só sabe chorar quando o Fusquinha é arrancado de suas mãos pela irmã. Prevejo grandes “batalhas” pelos Fusquinhas, entre os dois irmãos, num futuro próximo…”
A mãe da Lilian enviou informações quentíssimas, na seguinte mensagem:
— “Você não sabe da ultima… O livro de cabeceira da Lilian é “Eu Amo Fusca I e II”. Desde ontem (02.02.2011), que dei pra ela, ela não os larga. Saiu também uma matéria no jornal local sobre o Dia Mundial do Fusca, ela já colocou em uma pasta e circula com a matéria de baixo do braço. Uma fofa!
Mostramos a foto do “Rosinha”, na contra capa do livro, e falamos pra ela que vamos marcar um passeio. Ela está contado os dias. Se vocês estiverem aí no Carnaval a gente já marca um dia. Acho que ela vai alucinar com a sua coleção de Fuscas.”
Quem sabe no carnaval de 2011 irá prosseguir uma saga familiar e uma nova geração irá andar no Rosinha cultuando seu amor pelo Fusca. Algo realmente fantástico.
Pois é, esta é uma história surpreendente, mas quem sabe existem outras semelhantes que você conheça. Se for o caso envie para nós no e-mail a.gromow@hotmail.com.
[box](atualizado em 16/02/2011)
Caro Gromow,
Muito legal seu artigo. Por isso tomei a liberdade de comentar direto para você. Essa teoria do DNA é interessante e pode ser plenamente verdade. Mas, como atesta minha foto, nem só pelo DNA se transmite a simpatia pelo Fusca para os pequenos. Lavínia é filha de um casal vizinho e de vez em quando vem brincar em minha casa. Quando chega, a primeira coisa que ela pede são as miniaturas do Fusca que eu “mantinha” na sala (tirei de lá depois que quebrou o primeiro), mas acabo cedendo e deixo que ela brinque com os mesmos. Creio, dessa maneira, estar contribuindo para a posteridade do Fusca.
Um grande abraço.
Ideraldo Cruz
Presidente do Clube do Fusca de Poços de Caldas. [/box]
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