15º Encontro de Antigomobilismo – Santana de Parnaíba, SP
Um clima bucólico, bem ali, pertinho da Metrópole
Evento foi uma festa para olhos de moradores e turistas
[dropcap]Q[/dropcap]uem vê essas imagens — com Igreja Matriz, um casario histórico muito bem conservado, praça central e ar aparentemente sem nenhum vestígio de poluição — e não conhece nada da região, não imagina que Santana de Parnaíba fica há somente 42 quilômetros de São Paulo, uma das maiores cidades do mundo. É um verdadeiro oásis de paz e tranquilidade em meio à agitação da metrópole. Que lugar melhor poderia haver para a realização de um encontro de automóveis antigos? Não é a toa que este evento já está em sua 15ª edição com sucesso crescente e carros que surpreendem.Este ano o Encontro de Antigomobilismo aconteceu no dia 26 de junho — domingo, no Centro Histórico, e atraiu uma grande quantidade de público, que foi ver de perto não apenas a exposição de clássicos, mas também as outras atrações, como a feira de peças e a exposição de miniaturas. Como em edições anteriores, teve a parceria do Pick-ups Club e Opala Clube como convidado.
Belos carrões americanos, clássicos europeus e inesquecíveis brasileiros reforçaram o clima de nostalgia que impera em Santana do Parnaíba.
Entre os Chevrolets, uma bela dupla de Fleetmasters 1946 — um vermelho e um preto; um Bel Air 1951 e outro 1954. E ainda, Corvette 1962, Impalas 1964 e 1965. Da Ford e suas subsidiárias, vários exemplares do Mustang, dos mais diversos anos e modelos; um Mercury Cougar 1968 (que divide com o Mustang a plataforma. Note a semelhança com seu ‘primo’), um Lincoln Continental, com seu capô de proporções para lá de generosas; e uma pick-up Ford F1 1951 completamente original, detalhe raro em se tratando de pick-ups deste modelo. Modelos A eram muitos!
Outro Ford, mas esse fabricado na Inglaterra e de linhas mais compactas, o Prefect foi produzido entre 1938 e 1961, tendo sua fabricação interrompida durante a II Guerra Mundial. Da Suécia, dois Volvos PV 444, o primeiro 1950, completamente original; o segundo 1956, levemente modificado e com uma curiosa adaptação no para-choque… A francesa Citroën foi representada por um incomum Traction Avant 11 Legère ao melhor estilo hot rod americano.
Destaques dos classificados
Um impecável Aero Willys 1960 (a versão “Bolinha”) e um Simca Chambord 1962 estiveram entre os mais antigos brasileiros. Corcel GT 1971, Chargers R/T, Opalas SS, VW SP2, vários MP Lafers, Santana do Paibaíba contou com muitos modelos de esportivos e foras-de-série brasileiros.
Mas o que roubou a cena mesmo foi o raro Corona Dardo. Com fabricação limitada a 300 exemplares, o Dardo era uma copia do esportivo italiano Fiat X1/9, só que com carroceria em fibra de vidro. Diferente dos demais esportivos brasileiros da época, este não utilizava mecânica VW a ar, mas sim o 1300 que equipava o Fiat 147 Rallye. Apesar de ser de outro fabricante, o Dardo era uma espécie de Fiat “extraoficial”, chegando inclusive a ser vendido em suas concessionárias.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Odair Ferraz
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