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VI Passeio de Veículos Antigos em Raposo – Itaperuna, RJ

VI Passeio de Veículos Antigos em Raposo – Itaperuna, RJ

Raposo é isso aí!

Antigomobilistas de todo o Sudeste, num evento que se supera a cada ano

[dropcap]O[/dropcap] sábado (11) amanheceu chuvoso, para desgosto do grande número de antigomobilistas que haviam chegado no dia anterior e encontraram suas preciosidades molhadas. Mas para a alegria de todos logo, logo a chuva passou. Era o momento de pegar as toalhas, as flanelas e aquela infinidade de ‘produtos de beleza’ e deixar tudo brilhando novamente.

Toalhas na mão, é hora da secagem e embelezamento
Toalhas na mão, é hora da secagem e embelezamento

Aliás, o número de participantes que este ano chegou sexta-feira (10) foi bem maior que em anos anteriores. Gente dos quatro estados do Sudeste, alguns viajando 400, 500, 600 quilômetros, para não perder nada da 6ª edição do Passeio de Veículos Antigos a Raposo, organizado com competência pelo Rio Minas Clube de Veículos Antigos.

Em alguns momentos o transito chegou a "engarrafar". Alheio a isso, o antigomobilista desfila com sua mini baratinha
Em alguns momentos o transito chegou a “engarrafar”. Alheio a isso, o antigomobilista desfila com sua mini baratinha

O que começou em 2010 apenas como um final de semana de descontração entre os sócios do clube e os amigos mais chegados, rapidamente ganhou fama, conquistando a cada ano novos adeptos e se transformando em um grande evento. Um dos mais aguardados do ano para quem o frequenta. Este ano, foram nada menos que 246 veículos participantes, entre automóveis, pick-ups, caminhões, motocicletas e bicicletas antigas. A quantidade de público que foi admira-los nas dependências do Hotel Fazenda Raposo também foi acima da média.

Não pode faltar aquele chopp, sem bem gelado
Não pode faltar aquele chopp, sem bem gelado
Pessoas de todas as idades visitaram a festa
Pessoas de todas as idades visitaram a festa

Este evento é prodigioso também pela presença de alguns automóveis que surpreendem e encantam pela qualidade e raridade. O empresário de Teresópolis – RJ, Renildo Alves, por exemplo, nos apresentou com todo orgulho (e quem não teria?) seu recém adquirido Cadillac Biarritz 1983, uma versão especial do Eldorado, com parte do teto em aço escovado, inspirado no famoso Brougham fabricado entre 1955 e 1957. Até recentemente circulava por Washington e Renildo fez questão de nos mostrar sua placa original americana.

Renildo e seu magnífico Cadillac 1983
Renildo e seu magnífico Cadillac 1983

Já o carioca Roberto Ruschi surgiu a bordo do Cadillac Series 62 Sedan 1947. O carro pertence a ele na vida real. Mas na ficção, seu proprietário é o Comendador Fragoso, da novela “Eta mundo bom!”, vivido pelo ator Luiz Gustavo. Ruschi cedeu também seu Oldsmobile dos anos 1940 para as gravações do folhetim global.

Na ficção, o Cadillac de Ruschi pertence a um "Comendador"
Na ficção, o Cadillac de Ruschi pertence a um “Comendador”

Outros, como o empresário Homero Neves Filho, de Campos dos Goytacazes – RJ, não se contentaram em levar a Raposo apenas um automóvel. Rodando chegaram dois: Chevrolet Corvette 1978 série especial Pace Car 500 Milhas de Indianápolis e Dodge Charger 1975 nacional com um chamativo blower invadindo o capô. Mas havia outros cinco, que chegaram de caminhão-cegonha: Gordini, Fusca, Chevette, Gol e Puma GTB.

O colecionador Homero e sua frota de antigos
O colecionador Homero e sua frota de antigos

Raríssimo no Brasil, o cavalo mecânico Ford L8000 1971 “Louisville” — que recebeu este apelido nos EUA em alusão à cidade onde era produzido, no estado do Kentucky. Lá é um modelo comum, já que foi produzido por quase 30 anos. Aqui é pouco visto.  Seu proprietário, Rafael Peixoto da Silva nos contou que o deixou em exposição durante um mês no famoso Museu Hollywood Dream Cars, na Serra Gaúcha.

O L8000 é raro no Brasil e esteve em exposição na Serra Gaúcha
O L8000 é raro no Brasil e esteve em exposição na Serra Gaúcha

E juntava muita gente para assistir aos shows de performance que acontecerem várias vezes ao longo do sábado, proporcionado pelo cavalo mecânico americano International 9200 1999, de Serra – ES.

A galera parava para assistir ao show do peso pesado International
A galera parava para assistir ao show do peso pesado International

Ainda dos EUA, outros admiráveis automóveis: Dodge Charger SE 1973, Chrysler New Yorker 1971, dois Camaros Type LT 1974, dois Chevrolets Bel Air 1956 (um cor de cobre e outro lilás), uma imensa Limousine Cadillac Fleetwood 1985, um Chevrolet Master de Luxe 1938 com volante do lado direito, Fords Modelo A Phaeton e Pick-up.

Na foto maior, dois Bel Air 1956. Na lateral, Cadillac Limousine e Chrysler New Yorker
Na foto maior, dois Bel Air 1956. Na lateral, Cadillac Limousine e Chrysler New Yorker

Entre os europeus, um pequenino Ford Taunus 1951, dois Fiats Coupê da década de 1990, Mercedes-Benz e BMWs de vários modelos…

Presença este ano de alguns veículos militares. E nos chamou a atenção justamente o menorzinho deles: a Vespa 150 Tap… Canhoneira! Já tinha ouvido falar? Nem nós! Foi criada para uso pelas tropas francesas durante a Guerra da Argélia, entre 1956 e 1959. Transportava de forma ágil e barata um canhão de 75 mm. Era lançada de paraquedas junto com dois soldados, mas não era usada no momento do disparo. O canhão era retirado e acoplado a um tripé.

A incrível Vespa Canhoneira
A incrível Vespa Canhoneira

Fica até difícil indicar os destaques entre os Opalas este ano. Eles foram nada menos que 36, e muitos se destacaram pela versão, pelo estado de conservação, ou por ambos. Caso do SS 1972 prata, do ano de lançamento dos Coupê na Linha Opala. No ano anterior a GM já havia apresentado o SS, mas somente na versão Sedan, de 4 portas, algo bastante incomum para um esportivo na época.

O SS 1972 foi apenas um dos destaques de um evento com muitos Opalas de grande qualidade
O SS 1972 foi apenas um dos destaques de um evento com muitos Opalas de grande qualidade

Fuscas foram muitos. 41 para ser mais exato. Todos perfilados na alameda de entrada do Hotel Fazenda Raposo. Isolada dos demais, num discreto cantinho, uma “Joaninha” da PM dos anos 1970. A aposentada viatura pertence ao Museu da Polícia Militar do Rio de Janeiro e foi cedida especialmente para participar do evento.

Entre os muitos VWs, uma 'Joaninha' da Polícia Militar fluminense
Entre os muitos VWs, uma ‘Joaninha’ da Polícia Militar fluminense

Outros modelos brasileiros compareceram em boa quantidade: MP Lafer – 11; Passat – 6; Corcel – 15; Galaxie e derivados – 5; Rural – 6; Jeep – 10; Gol – 5; Aero Willys/Itamaraty – 3; Ford F100 – 3; entre muitos outros. Números contabilizados apenas nos dois primeiros dias do evento, assim como o total de 246 citado no início desta reportagem.

Muitos chegaram na noite de sexta-feira. No destaque, Puma GTB Série 1 1980
Muitos chegaram na noite de sexta-feira. No destaque, Puma GTB Série 1 1980

Como já comentamos, muitos participantes chegaram ao longo da sexta-feira, fazendo com que o espaçoso e recém inaugurado Salão de Eventos ficasse lotado no coquetel de boas vindas naquela noite. Além de música ao vivo e papo descontraído, houve desfile de carros e bicicleta antiga pelo salão e uma bela ‘canja’ do saxofonista Trindade, de Itaperuna – RJ.

No Coquetel de Boas Vindas, desfile de automóveis e show de saxofone
No Coquetel de Boas Vindas, desfile de automóveis e show de saxofone

A programação oficial do dia seguinte começou com a já tradicional cerimônia da benção das chaves, proferida pelo pároco local, Padre Rodrigo Henrique Mello. A Tarde das Damas, somente para elas (é claro), teve sorteio de brindes e lanches.

Acima, a Benção das Chaves. Abaixo, a Tarde das Damas
Acima, a Benção das Chaves. Abaixo, a Tarde das Damas

Recém filiado à Federação Brasileira de Veículos Antigos, o Clube de Autos Antigos de Campos recebeu das mãos de Jadir de Oliveira — presidente do Rio Minas Clube de Veículos Antigos — a documentação referente às placas pretas dos três primeiros veículos contemplados do clube: Dodge Le Baron 1980, Passat LSE 1986 e Fusca 1986.

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O diretor do Clube do Automóvel de Campos, Mário César,  recebe de Jadir a documentação encaminhada pela FBVA

Mas a grande atração do evento estava reservada mesmo para o sábado a noite: a festa junina, que este ano também aconteceu no novo salão de eventos. Muitas barracas de comidas e bebidas típicas e, é claro, a quadrilha, que teve a adesão de casais de dançarinos de todas as idades, muitos deles ‘elegantemente’ trajados de caipiras.   Alguns clubes prestaram homenagens aos organizadores do evento. O presidente do Opala Clube do Rio de Janeiro, Wilson ‘Welco’ de Amorim, homenageou o jornalista carioca José Rezende Mahar, morto na última quinta-feira (9), de quem era amigo pessoal.

Manhã de domingo — depois do café da manhã em homenagem ao Dia dos Namorados (com direito a bolo, bombos e ‘selinho’ dos casais), hora de arrumar as malas e voltar para casa. Alguns com muitos quilômetros a percorrer. E enquanto muitos iam embora, outros chegavam para curtir o último dia de evento. E a festa continua…

E o VII Passeio de Veículos Antigos em Raposo já tem data marcada será nos dias 02 a 04 de junho de 2017.

No Hotel Fazenda Raposo, café da manhã romântico, em homenagem ao Dia dos Namorados
No Hotel Fazenda Raposo, café da manhã romântico, em homenagem ao Dia dos Namorados

   EXPOSIÇÃO      MOMENTOS & AMIGOS

   COQUETEL      BÊNÇÃO & HOMENAGENS

   TARDE DAS DAMAS      FESTA JUNINA

 

Texto: Fernando Barenco
Fotos, video e edição: Fátima Barenco e Fernando Barenco
Agradecimento: Wilson ‘Welco’ de Amorim

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