1º Encontro de Veículos Antigos de Mariana, MG
Um presente especial
Exposição de Carros Antigos fez parte da programação de aniversário da cidade
[dropcap]M[/dropcap]ariana celebrou seu 320º aniversário em grande estilo e com muitas atrações culturais nos dias 16 e 17 de julho. O povo marianense teve motivos de sobra para sair de seus lares e curtir os mais variados atrativos culturais organizados pelo Poder Público local. E o Clube de Autos Antigos de Mariana, sob a batuta dos jovens Junio Henrique e Felipe “Ferrugem” Potiolio, também presenteou a secular Mariana com um belíssimo encontro de autos antigos, o primeiro de muitos.Diante da imponente catedral da Sé, as praças e ruas em seu entorno ficaram repletas de automóveis de variadas marcas, modelos e épocas distintas, proporcionando um visual esplendoroso e em completa harmonia com o casario setecentista da aniversariante Mariana, primeira cidade e primeira capital da então Capitania das Minas do período colonial brasileiro.
Com uma organização primorosa e com o apoio logístico da Associação Mineira de Antigomobilismo, representada por seis membros de sua diretoria, o Clube de Autos Antigos de Mariana proporcionou ao público visitante e também aos expositores momentos de grande alegria e confraternização. A praça ficou pequena para um público ávido em conhecer de perto a história dos automóveis ali expostos diante de seus olhares. O ambiente era familiar e a todo o momento tinha-se a impressão de estar entre velhos conhecidos. A prosa foi boa, longa e muito festiva. E não faltaram as iguarias da tradicional culinária mineira.
E como se não bastasse, de repente, emerge da Rua da Direita nada menos que quatorze bandas sinfônicas rigorosamente uniformizadas, em um lindo desfile cada qual executando um dobrado diferente deixando a todos emocionados e com elevado estado de espírito. Vale lembrar que as corporações musicais também fazem parte da centenária cultura mineira.
Destaques dos classificados
E com este cenário e neste clima festivo o encontro de veículos antigos de Marina não poderia outro resultado senão o sucesso.
Foram 25 clubes participantes que abrilhantaram o evento: Sociedade do Carro Antigo de Barbacena, um dos clubes mais tradicionais e antigos de Minas Gerais; Clube do Puma MG; Clube do Carro Antigo de Bello Horizonte; Antigos do Vale; Clube do Fusca – Vale do Aço; Clube de Autos Antigos do Caraça (Santa Bárbara); Novo Clube do Novo Fusca – BH; Clube de Autos Antigos de Congonhas; Clube do Quadrado – Congonhas; Queluz Boxer Clube – Conselheiro Lafaiete; Clube Garagem Antiga – Conselheiro Lafaiete; Opaleiros e Antigos Monlevade – João Monlevade; Clube Ferrugem na Veia de Ponte Nova; Clube de Carros Antigos de Cachoeira do Campo/Ouro Preto; Opaleiros de Itabira; Clube Itabirito de Carros Antigos; Associação Galaxeiros das Gerais – BH; Opaleiros de Ouro Preto; Clube Antigos de Itabira; Máfia da Ferrugem – BH; Clube de Autos Antigos Rota Real – Conselheio Lafaiete; Chevetteiros Minas Clube – BH; Old School – Conselheiro Lafaiete; Amigos Caravan e Opala Clube – BH e Carros Antigos Viajantes da cidade de Panca/ES.
Presente também a Associação de Clubes de Carros Antigos “MG-ES” – ACCA, representada por Renato Soares de Almeida, entidade cuja finalidade se assemelha com a AMA e também realiza um trabalho voluntário e gratuito em prol do antigomobilismo.
Depois de uma longa confraternização entre os antigomobilistas, os presidentes e representantes de clubes receberam um troféu de participação confeccionado pelo Atelier Silvio Palmieri, de Mariana.
O motoclube de Mariana Vira Latas marcou presença mostrando a união em prol da paixão pelas duas e quatro rodas.
O evento contou com praça de alimentação, mercado de pulgas, expositores de antiguidades e miniaturas de veículos e exposição de bicicletas antigas. A locução ficou por conta de André Candreva, diretor de comunicação do CAAC e da AMA.
Dos veículos em exposição podiam-se ver em maior número os clássicos nacionais da década de 1960 e 1970. Robson dos Santos Elias (CAAC) levou para a exposição a recém restaurada Chevrolet Amazonas, pintura saia-e-blusa nas cores branca e verde, ano 1963. Marcelo Coimbra (CCACC) marcou presença com sua conservada pick-up Chevrolet C-10 1973. Carlos de Assis (Ouro Preto) brindou o público com seu impecável Aero Willys 1967. Maurício Avelar (Santa Bárbara) levou seu Aero Willys Itamaraty 1970, um veículo raro de ver em nossa região.
A linha VW estava completa: Fusca, Kombi, Variant, TL, VW 1600 (Zé do Caixão), Brasília e Passat. Da Chevrolet os Opalas eram em maior número além do Chevette, Caravan e a pick-up C-10. A linha Ford foi representada pelo Corcel I e II, Belina I e II, Maverick, Galaxie Landau e os oriundos da Willys – Jeep, a pick-up F-75 e a Rural. Do fabricante Puma vários modelos estavam em exposição. Os modelos Aero-Willys 1960 e 1964 representaram o fabricante Willys Overland Brasil que contou ainda com a presença de vários Jeeps (um inclusive modelo 1951 de origem norte-americana) além da conhecida Rural.
Dos veículos estrangeiros vários destaques: o imponente Cadillac DeVille conversível modelo1966 do colecionador Éder Gomes (Clube do Carro Antigo de Bello Horizonte). Éder destacou a hospitalidade do povo marianense e a organização do evento por parte de seus idealizadores. O Chevrolet De Luxe 1951 de propriedade do simpático Mário Calderaro (SCAB) de Barbacena foi um show à parte pois foi restaurado por ele próprio por quase sete anos. E ainda um Ford modelo A 1930 pick-up.
Mas em encontros de automóveis também há espaço para as motos com destaque para a alemã Zundapp 1939 do colecionador ouro-pretano Vírgilo Figueiredo.
Por ser o primeiro, o evento agradou em cheio a quem por lá esteve e deixou aquele gostinho de ‘quero mais’. Méritos para os organizadores que se mostraram solícitos e esbanjaram simpatia.
Foi um evento para todos os apaixonados por automóveis e compartilhado com júbilo entre os moradores de Mariana, pois, para se realizar um encontro maravilhoso como esse basta apenas hastear as bandeiras da vontade, coragem e humildade.
Aguardamos o próximo…
Texto: André Candreva
Fotos: Arlindo José Da Silva, Junio Henrique,
Delber Drummond e Mateus de Assis
Edição: Fatima Barenco
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