‘Cuores’ apaixonados… e acelerados
Fãs da prestigiada marca italiana levaram ao interior mineiro modelos fabricados nas últimas seis décadas
Durante o feriado de Corpus Christi, de 15 a 18 de junho, proprietários e entusiastas da marca italiana Alfa Romeo se reuniram na estancia hidromineral mineira de Caxambu para a 4ª edição do “Alfa Romeo Brasil”, organizado pelo Alfa Cult, em parceria com o Alfa Romeo Br – maior grupo alfista do Brasil.O evento reuniu cerca de 100 automóveis, de inúmeros modelos, desde os clássicos — produzidos a partir da década de 1960 — até os contemporâneos, caso da 159 de 2010 e da Giulietta de 2011.
Mas não se pode falar de Alfa Romeo no Brasil, sem citar a extinta estatal Fábrica Nacional de Motores, que produziu do final dos anos 1950 até meados dos 70 automóveis e caminhões sob licença da famosa fabricante italiana. E ambos puderam ser apreciados em Caxambu. Entre os automóveis, FNM 2000 JK (1960-1968), com três exemplares (foto principal), além de seu sucessor, um 2150 (1969-1973), conhecido como JK de ‘frente baixa’.
Havia ainda diversos 2300, modelo que sucedeu ambos, com uma proposta totalmente nova e que começou sendo fabricado na mesma fábrica de Xerém-RJ em 1974 e que terminou sua história em 1986, em Betim-MG, já com o selo Fiat. Detalhe: desde o seu lançamento, já adotou o nome Alfa Romeo.
Maior colecionador dos caminhões Fê-Nê-Mê em todo o país, com mais de 20 unidades em sua garagem, no interior de São Paulo, Osvaldo Strada foi o responsável pela presença desses gigantes no evento, com três exemplares do mais famoso modelo da marca, o D11000, fabricados em 1959, 1960 e 1965.
Entre os modelos italianos, o mais antigo foi a graciosa Guilietta Spider 1964. O modelo é predecessor das Spiders fabricadas a partir de 1966, presentes em Caxambu com carros da segunda e terceira fases. Giulia e GTV também deram as caras por lá.
O jornalista Boris Feldman levou seu magnífico coupê esportivo Montreal fabricado em 1971. Com suas características grades retráteis sobre os faróis, o carro ganhou esse nome porque foi apresentado como conceito em salão do automóvel daquela cidade canadense. Sua produção foi de apenas 3.900 unidades entre 1970 e 1977 e seu valor de marcado hoje pode atingir fácil os US$ 90 mil.
Outro modelo que foi destaque nem é tão antigo: fabricado em 1994. Mas quem conhece Alfa Romeo percebeu logo o ‘detalhezinho’ que torna muito especial o 155 que esteve em caxambu: o motor V6 sob o capô. ‘Primo’ de nosso Fiat Tempra, com o qual divide a plataforma, o carro em questão é um dos apenas 7.100 fabricados com essa mecânica. Para o Brasil foram importados somente três. Todos os demais têm o convencional 4 cilindros em diversas configurações. Aliás, o modelo foi homenageado com palestra, pelos seus 25 anos de lançamento.
Destaques dos classificados
Compacto e bem espartano, o 33, de 1984 é um Alfa Romeo bastante raro no Brasil, mas comum na Europa, pois sua produção ultrapassou os 800 mil carros. Sucessor do também pequeno Alfasud, tem como principal característica o motor boxer.
Entre os mais contemporâneos 145, 164 e 166, dos anos 1990; e 147, 156 e 159 década de 2000. Enfim, corações de várias gerações bateram acelerados no interior de Minas Gerais durante quatro dias.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos e dicas: Luiz Carlos Fortes Braga
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