Alto astral e hospitalidade foram as principais atrações
Badalado evento da Grande Belo Horizonte aconteceu no último sábado, 13 de abril. Veículos de várias épocas e estilos deram aquele colorido aos arredores da Lagoa dos Ingleses
Impossível mensurar a quantidade de veículos presentes no Condomínio Alphaville Lagoa dos Ingleses, no último sábado, 13 de abril. Com certeza foram mais de quinhentos. E como em outros anos, teve a participação de automóveis raros, conservados, originais, potentes, curiosos, customizados, inusitados… sendo muitos a combinação de vários desses e outros adjetivos.Mas antes de falar sobre eles, vale comentar um fato digno de nota: faltando apenas três dias para o evento, a administração do Alphaville Centro Comercial decidiu pela cobrança de R$ 40,00 pelo estacionamento, tanto para veículos modernos, quanto para os clássicos em exposição, algo não programado e que não aconteceu em edições anteriores. E essa decisão não contou com a aprovação do Clube Antigomobilistas Mineiros, organizador do evento.
Assim, o que se viu foi uma exposição dispersa, com veículos estacionados ao longo das diversas ruas do condomínio, enquanto os dois estacionamentos do Centro Comercial permaneceram bastante vazios. Uma pena.
Apesar disso, foi um lindo evento, com maciça presença de antigomobilistas da Grande Belo Horizonte, de outras cidades mineiras e também do Rio de Janeiro. Afinal, as principais motivações para tirar o possante da garagem permaneceram intactas: rever velhos amigos, bater um bom papo e beber aquela gelada ao som de boa música das antigas. Temos certeza que é principalmente isso que o entusiasta busca quando põe o carro na estrada.
Os clássicos americanos
Em sentido horário: Falcon Futura 1963, Mustang Conversível 1968, Mercury Cougar 1972 e Chevrolet Special De Luxe 1940
O Falcon Futura Conversível, com sua bela combinação de cores de branco e vermelho nos chamou a atenção logo na chegada e foi primeiro carro que fotografamos. Fabricado em 1963, esse compacto popular é da versão Sport, que tem como característica o banco dianteiro separado. Sobre o modelo uma curiosidade: o Mustang, lançado em 1964, utiliza a mesma plataforma. Falando em conversíveis e em Mustang, que espetáculo o vermelho 1968 estacionado num gramado bem próximo dali!
Destaques dos classificados
Já o Lincoln Continental preto, o Cadillac prata e o Mercury Cougar Conversível verde — todos fabricados cerca de uma década depois — obviamente que de compactos não têm nada.
Os simpáticos Fordinhos Modelo A que escolhemos como foto principal dessa cobertura e um elegante Chevrolet Special De Luxe com sua pintura azul metálica representaram muito bem os americanos originais de antes da II Guerra Mundial.
Hot Rods
A Capital Mineira é conhecida nacionalmente por reunir um grande número de entusiastas dos hot rods. Sendo assim é natural a participação de incríveis customizados de várias tendências.
Em sentido horário: Chevrolet 3100 1947, Ford Sedan 1935, Ford Modelo A 1929 e Renault 4CV 1952
Na categoria Pick-ups, as Chevrolets 3100 1947 ‘Boca de Sapo’ e 1955 ‘Marta Rocha; e as Fords F1 1951 e F100 1962. Na categoria Custons um Ford Sedan 1935, um Chevrolet Sedan 1938, um inglês Vauxhall Walvern 1949 e um Renalt 4CV ‘Rabo Quente’ 1952 (quem disse que carro europeu não pode ser hot rod?). Entre os ‘de raiz’, dois bem transados T-buckets dos anos 1930.
‘Gambá’ e Nissan Frontier 1929!
Capítulo a parte para três veículos que podemos incluir na categoria ‘rat hod radical’. A pick-up GMC 100 1950 foi montada sobre chassi e mecânica de uma moderna Chevrolet S10. E sob a pele de uma suposta pick-up americana Chevrolet 1929 (que nos parece mais uma Ford de meados dos anos 1930) se esconde uma japonesa Nissan Frontier movida a diesel. Inacreditável! Então, não se espante se um dia você levar poeira na estrada de um veículo do tipo.
O terceiro Rat é o mais radical de todos. Vindo diretamente da cidade de Tiradentes, onde fica exposto no conhecido Espaço Libertas, é algo não muito fácil de nominar e cujo apelido é ‘Gambá’. A cabine é da Chevrolet 1954, com grade do caminhão Chevrolet Tigre 1934. O chassi é próprio e a mecânica Mercedes Benz 314. O diferencial é de um ônibus Volares, e por aí vai…
Buzuns
Flexa Azul Leito Cometa e Chevrolet C-Series 1964
Os busólogos de plantão certamente não perderam viagem. Só para poder ver de perto o icônico Flexa Azul da antiga frota da Viação Cometa em versão Leito já valeria a pena o passeio. Mas tinha também Ciferal/Mercedes Benz 1974, um ônibus jardineira GMC 1987, um microônibus Chevrolet C-Series 1964 e um saudoso Mercedes Benz Monobloco LP321 1963.
De ladinho
Conforme programado, a Equipe Drift Minas Gerais levou vários bólidos, todos da BMW. Não entendemos nada do assunto, mas imaginamos a marca deve ser boa para esse tipo de competição por causa da tração traseira.
Nacionais
Em sentido horário: Karmann Ghia 1969, Kombi de Luxo 1974, Fiat 147 1977 e Pumas GTS e GTE
Os modelos nacionais formaram um caldeirão, com lindos exemplares das mais variadas marcas e modelos, tendo como de praxe, o Fusca em maior quantidade. Da Volkswagen tinha também Karmann Ghia — com destaque para o custom 1969 vermelho e preto e o original laranja 1971; Brasília; Variant; TL; Passat; ótimas Kombis; e o cobiçado Gol GT/GTS/GTI. Da Chevrolet, Opalas das mais variadas versões; Chevettes, Veraneios, além da pick-up Chevrolet Brasil e de sua versão furgão, a Amazona. Da Ford, Corcéis da 1ª e 2ª fases, Escorts e Mavericks. Ótimos Pumas nas versões GTS, GTE e GTB. Da Fiat os 147 e Unos, incluindo um Turbo; da Dodge, os Darts, os Charges e o Polaras. E também DKWs, Willys e Simcas.
No mais, o evento teve de sobra tudo aquilo que já o notabilizou ao longo desses cinco anos: alto astral, cordialidade, acolhimento, hospitalidade, muita gente bonita e feliz da vida, que permaneceu por lá até o cair da noite.
Texto: Fernando Barenco
Fotos e edição: Fátima Barenco e Fernando Barenco
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