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FBVA envia oficio à Secretaria de Segurança do RS, contra interdição de ferro velho

Localizado em Caxias do Sul, Ferro Velho Scalabrin reunia enorme estoque de peças de carros antigos nacionais e importados. Tudo será destruído em operação de reciclagem

A Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA encaminhou ontem, 08 de maio, um oficio ao Secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior, onde solicita que seja reconsiderada a decisão de recolher e destruir o estoque de peças apreendidas durante a 82ª fase da Operação Desmanche, que aconteceu dia 06 de maio no Ferro Velho Scalabrin, de Caxias do Sul.

Fundada em 1966, a empresa reunia um enorme estoque de peças de reposição para automóveis antigos, principalmente latarias, vidros e detalhes de acabamento como frisos, emblemas, volantes, instrumentos e muitos outros itens. O foco eram os modelos nacionais dos anos 1960 e 70 e importados fabricados a partir da década de 1940. Mas era possível encontrar também peças mais antigas. Havia inclusive peças novas, na caixa, de modelos da Willys, Simca, DKW, entre outras marcas.

São cerca de 400 toneladas de mercadorias, (incluindo até alguns automóveis inteiros) consideradas sucata pelas autoridades estaduais e que serão recolhidas durante os próximos dias. A legislação prevê que tudo seja destinado à reciclagem.

O Ferro Velho Scalabrin foi alvo desta operação por não ter se adequado à Lei Federal 12.977, em vigor desde 2015 que exige que empresas ligadas ao comércio de peças usadas para veículos sejam cadastradas junto ao Detran. É necessária também a catalogação das peças em sistema informatizado e a obrigatoriedade de emissão de notas fiscais. Algo impossível de ser cumprido por uma empresa que tinha em seu estoque peças adquiridas há várias décadas.

O objetivo da legislação é o de coibir o roubo de carros para desmanches, o que de fato alimenta o mercado negro de peças.

Além de ter todos os seus produtos recolhidos e sua empresa interditada, o atual proprietário do Ferro Velho Scalabrin, Marino Mascarelo, ainda terá que pagar uma multa por não cumprir a legislação.

Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: SSP/RS

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