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O Verona de um milhão de quilômetros

Professor universitário registrou todos os gastos que teve com seu Ford desde 1992 até maio deste ano, quando o carro completou a incrível quilometragem

O professor universitário Creso Peixoto, do Centro Universitário FEI, de São Paulo, registrou todos os gastos que teve com seu Verona  desde o momento de sua compra, em 1992, até o dia 27 de maio de 2019, quando o carro completou 1 milhão de quilômetros rodados. Entre os dados registrados estão custos com combustível, manutenção — preventiva, corretiva e preditiva, impostos, estacionamentos e pedágios.

Peixoto adquiriu o Verona GLX 1990 com 23.433 quilômetros rodados. E a não ser em casos de atendimentos de emergência, o carro foi levado sempre na mesma oficina. E cada centavo gasto ia sendo registrado em uma planilha eletrônica. Todos os valores foram convertidos em dólares.

Ao longo desses 27 anos o Ford rodou sem descanso, já que o professor trabalha em três universidades, o que o obriga a viajar diariamente.

O custo total ficou em US$ 141.964,27, com média de US$ 0,14 por quilômetro rodado. O objetivo da pesquisa foi saber se os custos de manutenção aumentam à medida em que o carro vai envelhecendo e ficando mais rodado.

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Pesquisa: Custos globais veiculares em prazo superior à vida útil
Pesquisador: Professor Creso de Franco Peixoto – Professor do Centro Universitário FEI.

Objetivos: conhecer a evolução de custos de manutenção e trocas de peças; verificar premissa de que há elevação considerável de custo de manutenção à medida que o veículo envelheça.

Período da pesquisa: de 23/9/1992 (carro adquirido com 26433 km, Av Ibirapuera SP agência Paulinvel) a 31/5/2019 (carro com 1.026.433 km; ao abastecer veículo na Av João Firmino/SBC)

Veículo: VERONA ano 1990 GLX 1.8 (Motor AP)

Metodologia: anotação de todos os custos/insumos veiculares e compilação anual em planilha eletrônica. A vida útil de insumos e partes veiculares foi acompanhada conforme qualidade observada e comportamento veicular, sem observância de prescrições de fabricantes (por exemplo: óleo: trocado em média a cada 13.000km; pneus em média a cada 42.000km (de dois em dois). Esta premissa tem por foco conhecer a redução de qualidade com observância da confiabilidade veicular (o veículo foi guinchado 4 vezes ao longo dos 27 anos) e segurança.

Estratégia: mesma oficina mecânica cuidou do carro em todos os anos de uso, exceto em emergências; registro de todos os custos: depreciação veicular estimada, combustível, manutenção, IPVA e taxas, seguro, estacionamento e pedágios. Combustível: apenas álcool e de menor preço observado (postos ao longo do percurso). Peças: sempre que possível: originais FORD. Peças novas que não mais são encontradas: passaram a ser trocadas com usadas de qualidade mínima observada por base exclusivamente visual.

Resultados da pesquisa: os custos, convertidos em dólar ao longo de todo o período da pesquisa, indicaram valor total de US$ 141.964,27 entre 9/92 e 5/19. O custo por km foi de: US$ 0,14.

A confiabilidade veicular foi estimada com base na extensão total percorrida com o número de “guinchadas”, que foram quatro no total (desprezando-se paradas para regulagens ou até de apoio em rodovia que não gerou deslocamento com guincho): 250.000 km.

O custo por km aumentou em apenas US$ 0,01 de vias sem pedágio para vias pedagiadas.

Conclusão final: o custo por km não se elevou de forma considerável, indicando que a redução do IPVA até à sua nulidade são fatores de incentivo ao uso de veículos velhos.

Com informações de:  Grupo CDI – Comunicação e Marketing
Foto: montagem a partir de foto pessoal de Creso Peixoto

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