Criador dos icônicos Carcará, Puma DKW e Puma 4R, o designer e piloto tinha 86 anos
O Brasil perdeu no último sábado (14) um dos principais nomes de sua indústria automobilística nas românticas décadas de 1960, 70 e 80. Anísio Campos morreu aos 86 anos. Designer gráfico, artista plástico, poeta — facetas pouco conhecidas para quem acompanha a história do automóvel — antes de desenhar modelos famosos, ele foi piloto, tendo feito parte das equipes Willys e DKW-Vemag, as duas mais importantes no início dos anos 1960.Como designer, sua parceria com Rino Malzoni começou em 1965, com o desenvolvimento do Carcará, a pedido de Jorge Lettry. Com motor DKW 1.100 bateu no ano seguinte, no Rio, o recorde brasileiro e sul-americano em linha reta, atingindo incríveis 214 km/h.
Depois veio o Puma DKW, em 1966, que foi um aprimoramento do esportivo GT Malzoni. Já em 1969, a Revista 4 Rodas encomendou a Rino Malzoni o projeto Puma 4R, um esportivo exclusivo a ser sorteado entre seus leitores. Mais uma vez Rino recorreu ao talento de Anísio Campos.
Ao longo de quatro décadas foram mais de 15 automóveis. Alguns entraram em produção, outros foram projetados para as pistas e alguns foram apenas protótipos.
É de autoria de Anísio o primeiro buggy brasileiro, o tropi Kadron, de 1970, modelo muito cultuado pelo bugueiros. Para a Dacon desenvolveu os pequenos 828 e Pag Nick — para as ruas e participou do projeto do Karmann Ghia/Porsche, para as pistas. Apenas para citar alguns.
Confira um pouco de sua trajetória nessa entrevista de 2012, concedida ao Canal Nando Cunha – Autogiro, do Youtube.
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