Coberturas

Village Classic Cars 2019 – Rio de Janeiro, RJ

Village Classic Cars 2019

Passeio pela história do automóvel

Até o próximo domingo, 15 de setembro, mostra acontece em shopping da Barra da Tijuca. São mais de 150 automóveis antigos fabricados entre 1916 e a década de 1980

Você tem até domingo, 15 de setembro, para conferir a exposição de carros antigos que tem dado o que falar. É a quarta edição do Village Classic Cars, no shopping VillageMall, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

São mais de 150 modelos clássicos dos mais representativos da indústria automobilística brasileira e mundial, escolhidos a dedo pelos clubes responsáveis pela exposição: Veteran Car Club do Brasil-RJ e Rio de Janeiro Porsche Clube.

Cadillacs: o mais antigo e o mais exclusivo


Para os fãs do Cadillac

O ‘vovô’ do evento é o Cadillac Sedan 1916, mas uma das sensações da marca americana é o Eldorado Brougham 1958. Top de linha daquele ano, ele tem estilo bem diverso dos demais modelos da linha: portas traseiras ‘suicidas’, teto em aço escovado e grade de modelo exclusivo, estão entre as suas diferenças. Além de ar condicionado, assentos, vidros, travas e porta-malas elétricos. Tudo isso na década de 1950! Estava disponível em nada menos que quarenta e quatro combinações, entre cores de carroceria e acabamentos internos. Foram fabricadas apenas 304 maravilhas dessas em 1958. Em 2016 um exemplar foi vendido por US$ 297 mil em leilão da famosa RM Sotheby’s.

Chevrolets: a familiar Yeoman e o esportivo Corvette


Do mesmo ano, um popular carro familiar: a Chevrolet Yeoman, versão station wagon do sedan Delray. O ícone esportivo Corvette está presente com dois exemplares também dessa década de ouro: um 1954 da primeiríssima fase e um 1959, com seus faróis duplos — um dos modelos mais desejados pelos entusiastas.

Musculosos: Oldsmobile H/O 455 Hurst 1969 e Pontiac Firebird Trans Am 1970


Potência de sobra

Outros esportivos americanos dessa exposição de carros antigos incluem Ford Torino 1968; Oldsmobiles 442 1970 e H/O 455 Hurst 1969 — esta uma rara versão  que vinha exclusivamente na combinação de cores ‘Cameo White’ e ‘Firefrost Gold’, que teve produção de menos de mil unidades —; Pontiac Firebird Trans Am 1970; e Pontiac Fiero SE 1984 — primeiro dois lugares dessa divisão GM em cinco décadas, modelo pouco conhecido aqui no Brasil —; além de Fords Mustangs e Thunderbirds.

Citroën Ami 6: sem vergonha de ser diferente


Citroën: um século

No ano em que completa o seu centenário, a francesa Citroën está representada por três modelos icônicos, pertencentes ao colecionador português Leandro Franco, morador de Niterói-RJ e falecido recentemente: DS 1957, o ‘cara-de-sapo’, com sua famosa suspensão pneumática; 2CV 1988 e Ami6 1968 — cujo design bem estranho inclui o vidro traseiro em posição invertida. Capricho do projetista? Não! Foi feito assim para sobrar mais espaço no porta-malas.

Felinos: De Tomaso Pantera e Jaguar E-type


A inglesa Jaguar marca território com três de suas feras: os XKs 120 e 150 e o E-Type (ou XKe para o mercado norte-americano), que já foi considerado o mais belo automóvel de todos os tempos. Bem merecido!

Ao lado de uma Ferrari 308 GTS, outro felino: o ítalo-americano De Tomaso Pantera GTS 1974, modelo fabricado em Modena, mas projetado pelo americano Tom Tjaarda e equipado com motor Ford V8 de 226cv.

Volkswagens alemães: o marrom é do modelo de transição 1952-53, com a antiga vigia traseira bi-partida e interior mais ‘moderno’


Da Alemanha, dois Fuscas 1953, um ‘Oval’ e um ‘Split’ — esse apelidado de ‘Zwitter’ (hermafrodita, em alemão), por ser uma versão intermediária, com carroceria antiga e interior da nova versão.

Heinkel Kabine


Em tempos difíceis, um microcarro

E como não amar o gracioso germânico Heinkel Kabine Model 154 1958, cuja frente lembra a nossa Romi-Isetta, mas a traseira é mais saliente. Lançado nos tempos bicudos do pós II Guerra Mundial na Europa — na onda de diversos outros microcarros , como opção econômica para a empobrecida população — tem motor monocilíndrico quatro tempos de 200 cilindradas e rodas traseiras tão juntinhas, que dão a impressão de ser um triciclo.

Uma raríssima pick-up Ford Pampa 4X4


Entre as marcas brasileiras, um apanhado de modelos fabricados até meados dos anos 1980: Simca Chambord, DKW Fissore, Dodge Charger, Chevrolet Opala… Da Volkswagen, Kombi, Passat e o Fusca Brasileiro, que em 2019 está completando 60 anos.

As aparências enganam

Concorde: brasileiro dos anos 1970 com pinta de esportivo dos 1930


Com pinta de roadster de luxo dos anos 1930, um certo nacional da década de 1970 pode deixar os visitantes dessa exposição de carros antigos até um tanto confusos. É o Concorde, um fora-de-série desenvolvido por um empresário do interior de São Paulo e que teve produção limitada a menos de 20 exemplares, cada um deles ligeiramente diferente dos demais. O chassi é próprio e o motor é o Ford V8 302 do Galaxie.

Madeira!

Por fim, o automóvel que ilustrou o cartaz do evento deste ano e que tem sido um dos mais comentados, estando entre os favoritos a levar o título de melhor automóvel em exposição, de acordo com a escolha do próprio público visitante. O Chrysler Town & Country Conversível 1948 — que aparece na foto principal desta reportagem —, com sua carroceria construída em grande parte em madeira de lei, é um dos automóveis mais representativos de sua época. De acordo com a literatura, em 1948 foram fabricados apenas 1.175 entre Sedans de duas e quatro portas e Conversíveis, estes em número reduzido. A maioria deles se perdeu ao longo do tempo, justamente por causa da deterioração da carroceria ‘woddie’, que exigia cuidados constantes. Hoje existem poucos até nos Estados Unidos.

GALERIA DE IMAGENS

Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Odair Ferraz

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