Um clube que desde 2003 agita o Grande ABC
Sua paixão pelos antigos surgiu depois de uma visita com seu pai e seu irmão ao Museu Roberto Lee… Em 2008 passou a realizar um dos grandes encontros anuais no cenário do antigomobilismo brasileiro, o ABC Expocar, no Parque Chico Mendes. Hoje, procura se adaptar aos tempos de pandemia, que tanto tem prejudicado as atividades antigomobilísticas.
Dando início ao ano de 2021, tenho o grande prazer de conversar com o amigo e presidente do Automóvel Clube de São Caetano do Sul, Balbo Santarelli.
Balbo, em primeiro lugar queremos conhecer a história do Automóvel Clube de São Caetano do Sul.
Nos idos de 2003, eu, meu irmão Atilio Santarelli e um grupo de amigos decidimos encontrar um local para nos reunirmos com nossos carros antigos aqui na cidade. O evento mais significativo da região era no Sambódromo na cidade de São Paulo.
O espaço escolhido foi a antiga sede da fábrica Matarazzo, no bairro Fundação, que era utilizada uma vez por ano para a realização da Festa Italiana. Iniciava ali a semente para a fundação deste e vários outros clubes da região. Anos após, em 2008, iniciamos o Evento Anual no Parque Chico Mendes, denominado ABC EXPOCAR, que teve destaque nacional, sendo comparado ao encontro anual de Águas de Lindóia, com público estimado de 80 mil pessoas e mais de 800 carros expostos.
Momentos de edições do ABC ExpoCar, no Parque Chico Mendes
Uma grande conquista para o clube que mereça destaque?
- A homologação pelo DENATRAN para realizarmos as Vistorias e Emissão dos Certificados de Veículo de Coleção.
- Ser um dos primeiros clubes da região do ABC e um dos pioneiros a promover encontros e exposições no Grande ABC.
Como tem sido sua trajetória à frente do clube?
Com muita dedicação e esforço conseguimos manter o clube ativo, apesar das adversidades do momento, devido à pandemia da COVID-19.
E de que forma a pandemia afetou as atividades de seu clube e a vida dos sócios? E quando tudo isso passar, qual será a sua primeira viagem a bordo de um carro antigo?
Destaques dos classificados
Fazíamos um encontro mensal no ParkShopping São Caetano todas as terças a noite com arrecadação de alimentos que eram doados ao Fundo Social de nossa cidade e com a pandemia ainda não conseguimos voltar com essa atividade. Recebemos perguntas quase diariamente sobre a volta do nosso evento e não temos previsão.
Quando a pandemia passar, irei para Águas de Lindoia, na Exposição Anual daquela cidade. Faz muita falta!
Encontro de carros de fibra de vidro, no ParkShopping São Caetano, em fevereiro de 2020
Com a vigência da nova placa padrão Mercosul, em seu clube diminuiu a procura pela nova placa de colecionador? Qual a sua opinião sobre o assunto?
A procura caiu muito, muito mesmo, infelizmente. Ninguém gostou do novo modelo. Esperamos que as nossas autoridades se sensibilizem e mudem o padrão da placa de coleção para o modelo com fundo preto.
Nos encontros ouvimos muitas histórias do quanto significa determinada marca de carro para uma pessoa, das lembranças de infância e de muitas outras recordações. Qual o seu xodó sobre rodas?
Cresci dentro de um Fusca, como a grande maioria das pessoas da nossa geração. Depois a minha paixão foram os Dodges ou Dojões como carinhosamente chamávamos e ainda chamamos. Com o passar dos anos fui ficando mais nostálgico e retro e hoje curto carros menos velozes e com mais “temperamento”.
Arrecadação de alimentos no evento do ParkShopping São Caetano
Fale um pouco sobre sua família. Ela te influenciou nessa paixão por carros antigos?
Meu pai gostava muito dos carros antigos, mas nunca teve um qualquer. Ele nos levou, meu irmão e eu, para conhecer a coleção do Roberto Lee e depois nos mostrou um Isotta Fraschini que estava exposto no Salão do Automóvel. Isso tudo no início da década de 1970. Ali ele plantou a semente. Muitos anos depois, uma certa noite, um grande amigo, o Vagner Campos, apareceu com uma Bel Air 1957 com rodas gaúcha. Fiquei louco e comecei a procurar um antigo. Em 1984 comprei um Chevrolet 1947 modelo Fleetline e transformei em Hot Rod. Depois houve muitos outros carros.
Encontro mensal noturno no estacionamento externo do ParkShopping São Caetano
Qual a sua visão do antigomobilismo no Brasil hoje?
Cresceu muito, felizmente, mas ainda temos muito a fazer. A falta de profissionais e peças ainda afasta muita gente do segmento. As redes sociais ajudaram muito, mas o que mais necessitamos é a alteração das taxas de importação para as peças de reposição dos carros antigos e com isso salvarmos o que restou por aqui.
Para quem quiser se filiar ao clube, como deve proceder?
Só entrar em contato por via eletrônica. Não cobramos taxa alguma. Qualquer um pode se filiar.
facebook.com/automovelclube.saocaetano ou acscs.com.br/
Nossa entrevista está chegando ao fim e deixo aqui com a palavra o grande amigo e presidente Balbo Santarelli, a quem agradeço imensamente pela participação e por poder mostrar um pouco mais sobre os clubes brasileiros. O espaço é todo seu…
Agradecemos à Maxicar, a quem desde sempre acompanhamos nas redes sociais e sempre deram a devida cobertura em nossas exposições ABC Expocar aqui em São Caetano do Sul, pela oportunidade e pelo excelente trabalho em prol do antigomobilismo.
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