Raríssimo Borgward Isabella foi a “cereja do bolo”
Modelo conversível alemão teve baixíssima produção. E esse é o único do Brasil
A AVAANT (Associação Valadarense de Autos Antigos) realizou com sucesso no último final de semana (16 e 17 de outubro) seu VIII Encontro de Carros Antigos. O evento aconteceu em área coberta no campus da Universidade Vale do Rio Doce — Univale — e teve a participação de cerca de 250 veículos antigos, a grande maioria de modelos nacionais.
Entre os Chevrolets, destaque para os Opalas com o Sedan de Luxo 2500 1970 e o Comodoro Coupê 1978, além de seu sucessor, um Omega CD 1996.
Da Ford brasileira, um magnífico Maverick GT 1978 marrom metálico se destacou. Havia também diversos exemplares do eterno top de linha de todos os tempos. Claro que estevamos falando da “Família Galaxie”. E ainda alguns Corcéis.
CJ3A e CJ3B : sutis diferenças
Da Willys, um Aero, uma pick-up F75 e alguns Jeeps. Desses, chamaram a atenção os mais antigos, fabricados nos EUA, das versões CJ3A e seu sucessor, o CJ3B. Os da versão A deram lugar aos B a partir de 1953. Visualmente, a diferença entre eles está no formato do capô, que torna a grade do CJ3B mais alta e com a inscrição “Willys”. Essa alteração foi necessária para acomodar um novo motor, que passou de 4 para 6 cilindros. Em outubro de 1954 foi lançado o CJ5. Por isso o CJ3B é mais raro.
Um carro único no Brasil
Mas, falando e automóvel realmente raro, deixamos para o final a “cereja do bolo” do VIII Encontro de Carros Antigos de Governador Valadares. Trata-se desse conversível fabricado na Alemanha em 1958. Seu nome completo é Borgward Isabella TS Coupê Cabriolet. Os Isabella de modo geral não são fáceis de serem encontrados, principalmente no Brasil. É que eles foram fabricados somente entre 1954 e 1962, a maioria na versão Sedan. Mas houve também a versão Coupê e a Station Wagon, denominada Combi.
Borgward Isabella TS Coupê Conversível 1958: único no Brasil e um dos poucos no mundo
Já o conversível é outra conversa. Era um modelo muito especial, fabricado sob encomenda da Borgward pela encarroçadora Karl Deutsch. De acordo com a pouca literatura disponível sobre essa versão, foram produzidos no máximo 25 exemplares. Então, este exemplar que esteve despretensiosamente presente ao evento, é o único do Brasil e um dos poucos que restaram em todo o mundo. Uma curiosidade sobre seu nome: ele era transformado em conversível a partir do Coupê e o emblema “Coupê” permanecia afixado em sua traseira, ao invés de ser substituído pelo emblema “Cabriolet”. Por isso oficialmente se chama “Coupê Cabriolet”.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Organização do evento
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