Clássicos, raros e curiosos
Na primeira edição de 2022, encontramos alguns modelos que por algum motivo despertaram a atenção. Caso do clássico Buick, do raro inglês MG MGA e do jipinho nacional JEG, curioso até no nome
O que leva um automóvel a se tornar clássico com o passar dos anos? Os motivos podem ser os mais variados. Pode ser por sua raridade, caso de superespostivos de baixa produção; ou ao contrário, sua popularidade. No Brasil é o caso do VW Fusca e do Fiat Uno, que acaba de se despedir e que provavelmente terá espaço entre os colecionáveis no futuro, principalmente os da primeira geração. Pode ser ainda pela história por trás de seu lançamento; ou suas características. O conceito de “clássico” é bem amplo e sujeito às mais variadas interpretações.
Nessa primeira edição do Encontro de Veículos Antigos no Mooca Plaza Shopping, que aconteceu no dia 16 de janeiro, encontramos alguns carros antigos, ou nem tanto, que têm alguma coisa interessante para contar.
Vamos a eles
Mercury Sport Sedan 1951 (foto principal) e Chevrolet Bel Air Sedan 1954 — dois dos mais icônicos automóveis norte-americanos dos “anos dourados”. Dois dos diversos novos modelos lançados no pós II Guerra Mundial. Clássicos eternos.
Morris Mini – Modelo inglês revolucionário, foi lançado em 1959 (se chamava Seven no início) sob diversas marcas, sobretudo Morris, Austin e Rover. Inúmeras foram as versões especiais. Foi produzido até o ano 2000. Agora, o Grupo BMW, detentor da marca e fabricante da versão contemporânea, inaugurou um departamento para quem quiser converter seu Mini clássico em elétrico.
Ford Taurus – Foi um dos carros de maior sucesso nos Estados Unidos na década de 1990. Muito usado também pela polícia, órgão governamentais e como taxi. No evento, dois exemplares. O prata é o LX 1994, versão famosa no filme “Robocop”. O preto é um LX 1997. As linhas arredondadas dessa geração seguinte não agradaram muito os consumidores.
Ford Escort XR3 Super Sport — Ou Escort XR3 “Benetton” para os íntimos. Lançada em 1989, essa série especial de fato iria se chamar “Benetton”, em alusão à equipe de Fórmula 1, com a qual a Ford tinha parceria. Mas por algum motivo obscuro o nome foi trocado para o sem graça “Super Sport” em cima da hora. Ficaram os grafismos e detalhes exclusivos em verde, cor usada pela equipe F1 na época.
Maserati 3200 GT A 2000 – Esse belo coupê esportivo italiano projetado pela Itaudesign (leia-se Giorgetto Giugiaro) era o top de linha da Maserati na época. Foram produzidas menos de 5 mil unidades. O motor é um V8 bi-turbo e a tração é traseira, como todo bom supercarro. A letra ‘A’ no nome indica que o câmbio é automático.
MG MGA 1957 – O MGA chegou em 1955 com a missão de substituir a clássica linha MG (o último foi o TF), com cara de roadster dos anos 1930. Um carro totalmente novo, desde o chassi, que causou certa estranheza naqueles fãs mais tradicionais da marca britânica. Foi substituído pelo MGB em 1962. Vendeu pouco mais de 100 mil. Houve no Brasil uma réplica com chassi/mecânica VW nos anos 1980.
Destaques dos classificados
Amazonas AME 1600 1983 – Dá só uma olhada no carburador e na tampa de válvula que escapam da carenagem dessa moto enorme. Lhe parece familiar? Pois é, a Amazonas era produzida na Zona Franca de Manaus e usava o motor 1600 refrigerado a ar da Linha Volkswagen. Foram fabricadas de 1977 a 1988, com produção de 450 unidades.
Jipe JEG – O fabricante Dacunha não foi muito feliz na escolha do nome desse jipinho nacional de linhas quadradas e chassi/mecânica VW (sempre ela…). Vamos passear de JEG? É bem estranho! A carroceria era de aço e o design e acabamento bem adequados à proposta todo-terreno. Houve até uma versão 4X4. Os números não são precisos, mas consta que foram fabricados cerca de 500.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Odair Ferraz – Visite sua Loja Virtual
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