Dia nublado também é bom para passear de conversível!
Na primeira edição de 2022, notamos um bom número de veículos antigos com essa configuração. Carros e picapes também
No último domingo, 6 de fevereiro, aconteceu a primeira edição do ano do Encontro de Carros Antigos da Estação da Luz — um dos mais tradicionais da Capital Paulista. Apesar do tempo nublado, um detalhe chamou a atenção de Odair Ferraz, que clicou as fotos dessa cobertura: o grande número de veículos antigos conversíveis. Então, que tal falarmos um pouco sobre alguns deles.
Cabelos ao vento
Comecemos pelo magnífico Cadillac Conversível branco 1963 que aparece lindamente em nossa foto principal, com sua bandeira dos EUA tremulando e, ao fundo, o prédio histórico que é um dos cartões postais da metrópole. Mais tarde, o americano recebeu a companhia de um dos mais marcantes roadsters dos anos 1950, o alemão Mercedes Benz 190 SL 1958. Uma versão mais acessível do 300 SL, cuja versão de teto rígido se tornou mito por suas portas que se abrem para cima — ganhando o apelido de “asas-de-gaivota” ou “Gullwing”.
Mas no quesito “Cadillac Conversível” essa edição Encontro de Carros Antigos da Estação da Luz esteve bem servida, pois havia outros dois exemplares: um Coupê 1939 e um Eldorado Biarritz 1985.
Japonezinho envocado
Mazda MX-5 ou Miata
Lançado no Salão de Chicago de 1989, o japonês Mazda MX-5 (ou Miata, nos EUA) teve seu design baseado nos esportivos britânicos dos anos 1960 e se tornou muito desejável entre os que curtem o prazer de dirigir: leve, ágil, tração traseira e ótima estabilidade. Atualmente em sua quarta geração, havia no evento dois exemplares da primeira, hoje muito procurada pelos colecionadores.
Picapes conversíveis
A sempre marcante participação do Clube do Fordinho no Encontro de Carros Antigos Estação da Luz é garantia de presença de muitos conversíveis. É que o carro que dá nome o clube — o Ford Modelo A, fabricado apenas entre 1928 e 1931 — possui algumas versões “descapotáveis” (como chamam os portugueses): a Roadster, duas portas, dois passageiros e “banco da sogra”; e a Phaeton, de quatro portas, são as duas versões conversíveis mais comuns. Mas houve outras. Em 1930, por exemplo, o Modelo A dispunha de nada menos que seis versões com capotas removíveis. Isso falando de carros. É que a picape também podia ser conversível — uma configuração que não existe hoje entre as picapes contemporâneas.
Mas a Chevrolet fez uma tentativa de trazer de volta as picapes conversíveis no início dos anos 2000, lançando o esportivo SSR. Porém, a proposta não agradou muito. Com estilo retrô que remetia às picapes Chevrolet dos anos 1950 — notadamente a 3100 1954, que ganhou o apelido de “boca-de-bagre” no Brasil — a SSR não conquistou nem os fãs de esportivos (por ser uma picape), nem os de picapes (por ser conversível e ter uma caçamba bem pequena. O resultado foram vendas minguadas: cerca de 24 mil unidades, entre 2003 e 2006. Mas certamente tem lugar garantido na galeria de modelos clássicos num futuro próximo.
Made in Brazil
Claro que não poderiam faltar os conversíveis nacionais, já que o Brasil se notabilizou por esportivos com essa configuração nos anos 1970 e 80. É o caso do Puma GTS — que nasceu “Spyder” em 1971 — e do MP Lafer, que dispensa apresentações. E ainda: flagramos um Kadron Tropi, um pioneiro entre em buggys nacionais, lançado em 1969 e projetado por ninguém menos que Anísio Campos.
Destaques dos classificados
Dá uma conferida em nossa Galeria de Imagens. Além de alguns outros conversíveis legais, você vai encontrar clássicos incríveis, nas mais variadas configurações.
Texto: Fernando Barenco
Fotos e colaboração: Odair Ferraz – Visite a sua Loja Virtual
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