Gasogênio se tornou popular durante a II Guerra Mundial e era alternativa para a escassez de combustível. Esse Chevrolet 1951 de Santa Catarina ainda usa esse sistema
O sistema de gasogênio se popularizou no Brasil e no mundo durante a II Guerra Mundial. Com a escassez e consequentes restrições ao uso da gasolina, os proprietários passaram a instalar esses nada discretos equipamentos que faziam com que carro passasse a ser movido literalmente a lenha.
Era a única saída para quem quisesse tirar o carro da garagem, já que apenas taxis, ônibus, veículos militares e do serviço público podiam usar a então rara gasolina. O presidente Getúlio Vargas publicou decretos regulamentando o uso do gasogênio.
O equipamento ficava instalado na traseira do carro e pesava uns 200 quilos. Oficinas faziam a conversão, como acontece hoje com o GNV.
Essa propaganda publicada na revista O Cruzeiro de 1943 destaca que o gasogênio “não prejudica a estética de seu carro”
Carro movido a gasogênio hoje
Em Benedito Novo, Santa Catarina, um Chevrolet 1951 usa ainda hoje essa opção para lá de alternativa de combustível. Mas nesse caso, a instalação não foi feita no tempo da II Guerra (até porque o carro foi fabricado depois dela!). O sistema foi fabricado artesanalmente por Arnoldo Schmidt na década de 1970, usando o esquema original popular nos anos 1940.
22 quilos de lenha — suficientes para encher o cilindro — dão uma autonomia de 60 quilômetros. Para situações de emergência, há um tanque de gasolina com capacidade de 10 litros. Mas é claro que um suprimento extra de lenha é sempre levado no porta-malas. Não dá para esquecer de levar também algumas folhas de jornal e uma caixa de fósforos.
E o velho Chevy continua funcionando perfeitamente e com grande economia, despertando a curiosidade por onde passa e servindo gerações da mesma família, como mostra essa reportagem do canal Vale Agrícola, do Youtube.
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