O retorno
Depois de uma interrupção de dois anos, tradicional evento mensal está de volta ao ABC Paulista e irá acontecer todo segundo domingo de cada mês
Por causa da pandemia da COVID 19, o tradicional Encontro de Carros antigos da Fundação Santo André ficou ser acontecer durante exatos dois anos. A última edição havia sido em março de 2020.
Agora com o vírus dando sinais de estar controlado graças à vacinação, as regras de distanciamento social estão mais flexíveis e o evento voltou a acontecer. A primeira edição da retomada foi no último domingo, 13 de março.
Dodges made in EUA
Um dos destaques foi a presença não de um, mas de dois Dodges Coronet, um modelo que nunca foi produzido no Brasil e não é fácil de ser encontrado por aqui. O mais antigo, um Sedan de 2 portas 1958, da era de ouro dos rabos de peixe, estilo do qual a Chrysler foi uma das protagonistas. Belo exemplar que aparece também em nossa imagem principal, clicado por Odair Ferraz.
O segundo um Sedan 4 portas 440, fabricado em 1970. Nessa fase, além das versões sedan, coupê e SW, faziam parte da Linha Coronet os muscle cars R/T em versões Hard Top e Conversível, além do famoso Super Bee (exclusivamente coupê), cujo emblema é uma abelhinha amarela.
E brasileiros também
Dodge Dart SE: um esportivo despojado
Entre os diversos Dodges nacionais, destacamos o Dart SE 1973, uma versão básica/barata/esportiva, lançada em 1972 e que visava o público jovem, que não podia comprar um Charger R/T (esse custava uns 35% menos). Com acabamentos e capô pintados de preto fosco, era desprovido de muitos equipamentos e tinha interior bem espartano, com forrações em vinil xadrez. Mas tinha bancos dianteiros individuais, cambio no assoalho e volante esportivo. E o mais importante: o V8 318 sob o capô, que era o que de fato interessava à rapaziada da época.
Chevys
Passando à Chevrolet, que maravilha a rara picape Apache 31 1958, cuja frente lembra um pouco a nossa exclusiva Chevrolet Brasil. Ainda falando de utilitários importados Chevy, que tal essa station vagon Vega 1974? Impossível olhar para ela sem se lembrar de nossa Marajó, a SW derivada do Chevette que hoje já se tornou bem rara.
Ford Mustang II. Esse top de linha tem motor V8, como nos velhos tempos
Destaques dos classificados
O leque de modelos Ford foi bem variado. Muito bem preservado o Mustang II 1975 da versão Ghia, a top de linha, com muito luxo e nenhuma esportividade. Mas equipado com o motor V8. Algo raro. É que nessa fase outras versões do Mustang tinham como padrão o econômico motor OHC de 4 cilindros, por causa da crise do petróleo.
Foi marcante a presença de buggys — algo que chega a ser curioso para a região, já que se trata de um veículo mais usado no litoral. Vários exemplares com a típica configuração original que usa mecânica VW boxer a ar herdada na linha Fusca, e alguns com motores mais modernos, refrigerados a água, como em modelos vendidos hoje.
Lambrettas e Vespas deram uma graça e um colorido especiais a essa edição do Encontro de Carros Antigos da Fundação Santo André, que volta no dia 10 de abril. Já deixe anotado ai em sua agenda!
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Odair Ferraz – Visite sua Loja Virtual
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