*Nero G. Pireli
- Ao levar seu carro à oficina você se sente como se conduzisse um parente ao pronto-socorro;
- Se alguém pergunta quanto vale seu carro, você pensa em um número que daria para adquirir uma mansão em Miami;
- Se um curioso ousa dizer que alguma coisa em seu carro não é original, você toma isso como ofensa à sua honra;
- Você passa a manhã inteira polindo o carro só para responder aos elogios dizendo “nem tive tempo de limpá-lo esta semana”;
- Você gostaria que todos os mecânicos mexessem no seu carro com luvas de pelica, trajando uniforme branco e tivessem a delicadeza de uma gueixa;
- Quando o carro cai em um buraco, você sente dor, como se houvesse sido fisicamente atingido;
- Se você tivesse domínio sobre a natureza, haveria uma eterna sombra protegendo seu carro, a chuva nunca o atingiria e todos os seres que voam (e defecam) seriam exterminados;
- Você gasta mais dinheiro em estopa e cera polidora do que em sabonete e pasta de dentes;
- Bater a porta do seu carro, ou apoiar-se nela, é considerado crime hediondo, inafiançável, pior do que matar um mico leão dourado;
- Ao pensar em falecimento, é mais fácil você aceitar ser doador de órgãos do que doador de carros;
- Você coleciona fotos e documentos do carro como se montasse um “álbum do bebê”;
- Para você, qualquer ferro-velho é muito mais atraente que o melhor shopping-center.
- Somente os outros antigomobilistas não acham que você seja maluco. A família e os vizinhos têm certeza!
- Nada é impossível, demasiadamente longe ou suficientemente caro se for para o bem do seu carro;
- A família está sempre em primeiro lugar, mas seu carro vem um pouco antes.
*pseudônimo de Rubens Perlingeiro
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