Primeiro automóvel Chevrolet brasileiro é hoje ícone automotivo
Evento foi organizado em conjunto por cinco clubes fluminenses e premiou Opalas e Caravans de acordo com a fase. Uma linha do tempo contou a trajetória do modelo
Com praticamente um milhão de unidades vendidas de 1968 a 1992, o Opala foi o primeiro modelo de passeio da Chevrolet aqui no Brasil. Hoje é um dos mais lembrados (e amados!) clássicos entre carros de todas as marcas nacionais, e não apenas entre os da Chevrolet.
E junto com o número sempre crescente de entusiastas e clubes do modelo, temos também a realização cada vez maior de encontros exclusivamente dedicados a ele pelo Brasil. O primeiro do Estado do Rio de Janeiro aconteceu neste final de semana — 22 e 23 de outubro. Assim, a pequena cidade turística de Rio das Flores se tornou a capital brasileira do Chevrolet Opala.
A turma que fez tudo acontecer. Da esquerda para direita: Sydney Mandarino, Wilson “Welco”, Wendel Rocha, Weiser Martins e Alexandre Thomas
A cidade que tem cerca de 10 mil habitantes, é estrategicamente situada próxima à divisa com Minas Gerais. Então, contou com a presença de opaleiros do estado vizinho, além é claro, dos vindos das mais diversas cidades fluminenses.
A ideia de fazer o evento teve início em grupos de whatsapp e mobilizou cinco clubes: Amigos do Antigo (Teresópolis), Opala Clube Rio de Janeiro, Carburados (Rio das Flores), Nictheroy Clube de Veículos Antigos (Niterói) e Clube do Opala de Petrópolis.
Linha do Tempo
Para contar a trajetória do modelo, foram selecionados 24 exemplares formando a linha do tempo. Como o Opala foi lançado no finalzinho de 1968 — não se conhecendo o paradeiro desses primeiros exemplares 1968/69 — o Sedan de Luxo 3800 1969 de Mário César, de Campos dos Goytacazes, teve a honra de representar os produzidos em 1968.
Mário César, Mônica Maluhy e o marido Rodrigo e Sydney Mandarino
Naturalmente, além de Opalas, a linha do tempo contou com a presença de Caravans também. A Station Vagon foi lançada em 1975 e coube à bela azul marinho de Sydney Mandarino — presidente do Amigos do Antigo — representar esse ano. Já a antigomobilista Mônica Maluhy nos mostrou seu belo 1970 de Luxo, presente também na Linha do Tempo, que tem raro padrão de cores, com carroceria e interior em vermelho. Ela nos contou que foi ao interior do Paraná buscar o carro, em plena pandemia e voltou com ele rodando até o Rio.
Destaques dos classificados
Representando o ano de 1988, esteve o Coupê 4 cilindros de André Bastos, uma versão bastante representativa, já que este foi o último ano do Opala de duas portas. E coube ao Diplomata 1992 automático de Pedro Watson, do Rio de Janeiro, fechar a linha do tempo.
Todos os proprietários dos carros que fizeram parte da linha do tempo assinaram o mural dos respectivos anos.
Opala SS
SS 1977 da Escuderia Coqueiro; Gilson Silveira Jr e sua esposa Cláudia, ao lado do SS 1979; Carlos Alberto Gheren, sua esposa com o 1982 personalizado
A versão esportiva do Opala, a SS, foi muito bem presentada nesse 1º Encontro Nacional de Opalas, com exemplares de encher os olhos. Caso do 4 cilindros amarelo da Escuderia Coqueiro e do 1978 prata, de Sérgio Castelo Branco. De Barra Mansa-RJ, Gilson Silveira Júnior levou a Rio das Flores seu recém adquirido 1979 marrom metálico, que ele comprou no Piauí. O SS adquirido à distância, apenas por fotos, não decepcionou. Lindo mesmo!
Fã dessa versão esportiva, Carlos Alberto Gheren, de Petrópolis-RJ, personalizou seu Coupê 1982 como SS. Brincamos com ele, dizendo que aquele era o único SS 1982 que conhecíamos. É que 1980 foi o último do Opala SS, o que foi de fato uma pena.
Opaleiros
O 1º Encontro Nacional de Opalas contou a participação do opaleiro Augusto Mósca, presidente da Federação Brasileira de Veículos Antigos, que compareceu com seu Comodoro prata 1979 equipado com o charmoso meio-teto de vinil, apelidado de “Las Vegas”.
Já o presidente do Opala Clube Rio de Janeiro, Wilson “Welco”, levou não um, mas dois Opalas. O Coupê dourado 1972 é para ele muito significativo, já que é seu companheiro de estrada há 20 anos. O outro é um Comodoro Sedan vinho 1990, com o qual ele também fez questão de ser fotografado. Pedido atendido!
Diplomata
Um dos exemplares mais admirados de todo o evento foi sem dúvida o Diplomata 1992 pertencente a Dimas Freitas, de São Francisco do Itabapoana-RJ. Os entusiastas ficaram admirados que seu incrível estado de conservação e originalidade. Sem dúvida, parecia ter acabado de sair da concessionária Chevrolet mais próxima.
Ambulância
Outro exemplar em estado de novo foi a Caravan Ambulância 1992, de Alexandre Padrão, de Teresópolis-RJ. Equipada com todos os detalhes, incluindo sirene e maca, ela é autêntica e permanece como nos tempos do trabalho, época em que a SW da Chevrolet era bastante usada nesse nobre ofício.
O Opala de Sara Kubitschek
Recebeu uma homenagem especial a grande sensação dessa primeira edição do Encontro Nacional de Opalas em Rio das Flores. O Comodoro Sedan preto 4100 1975, que pertenceu à Primeira-Dama (de 1956 a 1961), Sara Kubitschek. A esposa do Presidente Juscelino viveu no Rio de Janeiro na época em que era dona desse magnífico carro, que além de histórico, encontra-se perfeitamente preservado. Mas não vamos entrar em detalhes agora, já que iremos publicar uma reportagem especialmente sobre ele. Então, fique atento.
Premiação do 1º Encontro Nacional de Opalas
Além do Comodoro 1975 da Primeira-Dama, foram premiados outros dez veículos, entre Opalas e Caravans, de acordo com a fase de fabricação, começando pelos 1968/70, depois 1971/74 e assim por diante, até os 1991/92. As fotos dos carros premiados e seus proprietários, você pode ver em nossa Galeria de Fotos.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Fátima Barenco e Fernando Barenco
Video: Fátima Barenco
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