Coleção particular fica no bairro do Ipiranga, em São Paulo – SP. Em exposição exemplares nacionais e importados, além de séries especiais
Localizado no bairro do Ipiranga – em São Paulo, o Museu do Fusca mantém em seu acervo 28 exemplares desse carrinho icônico, que ao longo de sete décadas vendeu mais de 21 milhões de unidades em todo o mundo. Portanto, dispensa qualquer apresentação.
No Brasil chegou em 1950, com exemplares importados pelo regime de CKD — ou seja: eram apenas montados aqui. Nacionalizado em 1959, foi produzido até 1986, com um breve retorno de 1993 a 1996. Passadas três décadas desde o fim da produção, o Fusca consegue hoje ser ainda mais popular, com entusiastas que sequer eram nascidos na época em que ele era fabricado.
Esse Museu do Fusca é na verdade uma coleção particular. Por isso não funciona de modo regular, sendo apenas aberto esporadicamente, cuja data é informada com antecedência em seu perfil do Instagram.
A última vez que isso aconteceu foi nos dias 25 e 26 de março de 2023. E nosso colaborador Odair Ferraz esteve lá. Então, se você perdeu essa oportunidade, fique ligado. Mas enquanto isso, veja os exemplares nacionais e importados que podem ser admirados lá.
Destaques nacionais do Museu do Fusca
Pé de Boi, “Cornowagen” e Bizorrão
Pé de Boi 1965 – Versão ultra-popular de um modelo popular. Disponível apenas nas cores cinza prata e azul pastel, tinha acabamentos em branco e nenhum cromado. Forrações em Eucatex, bancos simplificados, forração de teto parcial, sem tampa no porta-luvas e painel liso. Nem marcador de gasolina possuía. Quem comprava, tratava logo de equipar. Por isso, exemplares originais são raríssimos.
“Cornowagen” 1965 – Outra versão raríssima. E quem é ligado no Fusca, conhece. É o 1200 convencional, mas com teto solar metálico. Por puro preconceito, esse carrinho super legal, logo ganhou a pecha de “carro de corno” (“teto solar para acomodar melhor os cifres…”). Logo, quem havia comprado, mandou soldar o teto e assim a Volkswagen encerrou sua produção no mesmo ano. Foi pena!
1600S – Apelidado pela própria Volkswagen de “Bizorrão”, esse Fusca com pretensões esportivas, foi fabricado apenas entre 1974 e início de 1975. Tinha motor 1600 com dupla carburação de 65cv, rodas aro 14 polegadas, escapamento único lateral e acabamento preto em fibra de vidro sobre o capô. O interior também era basicamente igual a de outros Fuscas, mas os bancos eram reclináveis, o painel tinha instrumentos extras e o volante era esportivo. Foram fabricados cerca de 6 mil unidades. Conheça a história completa do Bizorrão neste link!
Destaques dos classificados
Série Prata, Última Série e Série Ouro
1300 Série Prata – Lançada em 1980, essa foi a primeira série especial do Fusca no Brasil. Na cor “Prata Continental”, tinha parachoques pintados e com borrachões, vidros verdes e destacado emblema. O interior era um luxo, com bancos em veludo exclusivo, carpetes, volante espumado e tampa do porta-luvas em prata. Tiragem entre 100 e 200 unidades.
Última Série – Edição limitada de 850 exemplares numerados que marcou o fim da produção do Fusca, em 1986. Foram entregues dois em cada Concessionária VW do país, cada carro com o número gravado no vidro traseiro. Esse do Museu do Fusca permanece zero quilômetro até hoje!
Série Ouro – Outra edição de despedida, dessa vez em 1996. A tiragem foi maior: cerca de 1.350 unidades. Esse tem a chamativa cor “Vermelho Dakar”, uma das quatro cores disponíveis para a versão, três delas metálicas. O destaque do Série Ouro estava no acabamento interno, com bancos iguais ao do VW Pointer, volante espumado e instrumentos do painel com fundo branco.
Destaques importados do Museu do Fusca
“Zwitter” e Oval com volante do lado direito e Oval 1955 (apesar da placa…)
“Zwitter” – Os Fuscas alemães com vigia traseira bi-partida (“split’) são os mais valiosos. Foram fabricados até 1953, dando lugar aos de vidro traseiro oval. Mas entre o final de 1952 e início de 1953, foram fabricados exemplares “híbridos” entre uma versão e outra, apelidados de “zwitter” (hermafrodita, em Alemão). Esses Fuscas mantém a vigia “split”, mas já contam com o painel de instrumentos do oval. São naturalmente raríssimos.
Oval com mão inglesa – Exemplar fabricado em 1953 para o mercado britânico, tem o volante do lado direito. É da versão de luxo, com teto solar.
Karmann Cabriolets 1955, 1961 e 1979
Cabriolets – A encarroçadora Karmann produziu a versão Cabriolet do Fusca de 1950 a 1980. De acordo com a literatura, foram produzidos durante três décadas 331.847 desses incríveis conversíveis. Não se trata simplesmente de VW com teto de lona. Além de reforços estruturais, eles tinham diversos componentes diferentes do Sedan, como o formato do parabrisa e das portas. Nesse Museu do Fusca, há vários exemplares: 1955, 1961, 1963, além de três exemplares da versão Superbeetle 1303, de 1979.
Standard, 1303 Sport e Última Edición mexicano
Standard 1972 – Um dos Fuscas alemães mais raros, pois vendeu pouco. Trata-se da versão “pé de boi”, que nos EUA e Europa não agradava. O acabamento é simples, o parachoque é arredondado como nos modelos dos anos 1960 e o motor, acredite, é 1200.
1303 Sport – Essa versão esportiva do Superbeetle de 1973 foi a fonte de inspiração do brasileiro 1600S Bizorrão, sobre o qual falamos anteriormente. Além dos equipamentos inerentes ao modelo alemão como a suspensão McPherson, parabrisa curvo e painel de instrumentos em três volumes, vinha nesse chamativo tom de amarelo, com todos os detalhes em preto fosco.
Última Edición 2003 – Produzida na fábrica da Volkswagen de Puebla, no México, essa série especial de 3 mil unidades marcou a despedida do Fusca no mundo Inteiro. Disponível apenas nesse tom de bege ou azul claro, vieram para o Brasil apenas 15 unidades do Última Edición. Esse do Museu do Fusca permanece zero km!
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: Odair Ferraz – Visite sua Loja Virtual
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