Proprietário de um desses raros Fuscas híbridos de 1973, Thiago Peralta Guerra criou um perfil no Instagram para fazer a catalogação e já encontrou 150 exemplares
Pouca gente conhece, mas em 1973 a Volkswagen lançou o Fusca “Série Bravo”, que era uma versão híbrida entre o 1500 e o 1300. O objetivo era oferecer uma versão com a simplicidade do acabamento do 1300 com a mecânica mais potente do “Fuscão” do qual herdou: o motor 1500; a suspensão de pivô (mais moderna); as rodas de quatro furos; as calotas; a tampa do motor com aberturas de ventilação.
O “Série Bravo” tinha interior igual ao do 1300
Todo o restante era do 1300: interior (incluindo padrão dos bancos e painel de metal e sem detalhes cromados); lanternas traseiras pequenas; capas de setas da cor do carro; ausência de friso no capô; vidros laterais fixos.
Fusca “Série Bravo”, um apelido
A alcunha “Série Bravo” foi dada pelos entusiastas do Fusca, baseada numa propaganda da época. A Volkswagen não deu um nome oficial a esse Fusca (na época o modelo sequer ainda era tratado de Fusca pela VW) e o chamou apenas de “1500 Opção 1” (sendo o “Opção 2” a versão convencional). Informalmente também era chamado de “Fusca 1500 STD”.
Na propaganda de 1973, o Fusca “Série Bravo” apareceu ao lado de outra raridade: a Variant STD
O Fusca “Série Bravo” não fez nenhum sucesso, sendo produzido apenas naquele ano. Seu valor era intermediário entre o 1300 e o 1500 e quem optava por ele, não raro o equipava com os detalhes de acabamento do “Fuscão”. Por isso, passados 50 anos, atualmente é bastante difícil encontrar exemplares nos padrões originais.
Catalogação
Mas um arquiteto de Belém – PA tomou para si a missão de catalogar o “Série Bravo”. Thiago Peralta Guerra é proprietário de um exemplar que entrou para sua família em 1994, que depois foi vendido e recomprado há alguns anos. Ele criou no Instagram o perfil @fuscabravoclube, onde publica as fotos dos carros que vão sendo descobertos Brasil a fora. A página foi criada a pouco mais de um ano e surpreendentemente até o momento já são 150 exemplares cadastrados. Alguns bastante originais, outros descaracterizados em maior ou menor nível.
Thiago explica que mesmo fora dos padrões é possível saber se um Fusca produzido em 1973 é da “Série Bravo”: “Através da plaqueta de identificação de cor e carroceria que fica ao lado da fechadura do capô dianteiro. Caso tenha essa plaqueta e nela tenha o código 4600, 4602 ou 4810 você estará diante de um raro ‘Série Bravo’.”
Destaques dos classificados
Fotos: Instagram @fuscabravoclube
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