Com motor V8 de 390hp e essas bem-transadas faixas, ele foi produzido apenas por um ano, com baixa tiragem
Se perguntarmos a um grupo de entusiastas, qual o primeiro carro que lhes vem à cabeça em se tratando de muscle car, a grande maioria irá responder Dodge Charger, Plymouth Barracuda, Pontiac GTO, Oldsmobile 442, Ford Mustang, Chevrolet Camaro e outros modelos das tais “Três Gigantes”. E com 99% de certeza, ninguém irá responder AMC Rebel The Machine. Já tinha ouvido falar nele?
A combativa American Motors Corporation — AMC — também atuou no segmento dos Muscle Cars, com modelos interessantes entre meados dos anos 1960 e início dos 1970, mas que jamais ganharam as mesmas famas dos produzidos pela General Motors, Ford e Chrysler. É o caso do Javelin, do AMX e até do fastback Marlin (ainda na fase Rambler).
Sedan de 4 portas e station wagon: versões convencionais do AMC Rebel
E o AMC Rebel The Machine?
Ele foi fabricado apenas em 1970 com o uma série esportiva da linha AMC Rebel, lançada em 1967 e composta de modelos típicos de “tiozão”, — embora fossem também bastante potentes — com sedans de duas e quatro portas, coupê e station wagon. Houve ainda entre 1967 e 1968 uma versão conversível.
Uma rara propaganda do The Machine
O AMC Rebel The Machine teve produção de apenas 2.000 unidades, a esmagadora maioria com esse padrão de pintura branca, com faixas vermelhas e azuis, ao estilo “multicolor” um pouco acima do tom e beirando o mal gosto, que sempre caracterizou a AMC (vide o Gremlin, por exemplo), mas que na nossa opinião caiu muito bem nesse musculoso esportivo. Mais norte-americano impossível! No entanto, existem exemplares, azuis, vermelhos e verdes e com padrões de faixas diferentes.
Dois exemplares vermelhos com padrão de faixas simplificado
Não à toa essa versão do Rebel ganhou o sobrenome “The Machine”. Ele tinha o motor V8 exclusivo, o mais potente de toda a linha Rebel e até que os demais muscle cars da AMC: o 6.4L com 390 polegadas cúbicas e carburador de corpo quádruplo. Rendia 340hp. O câmbio era exclusivamente de 4 marchas no assoalho.
Destaques dos classificados
Raros e valiosos
O padrão de acabamento interno era espartano, mas de ótima qualidade. Os bancos altos com botões nos encostos tinham modelo parecido com o adotado no Dodge Charger R/T brasileiro. O painel tinha velocímetro com graduação horizontal. E olha só que legal: o conta-giros ficava lá fora, sobre o capô, certamente “inspirado” no Pontiac GTO de 1968 a 1970. As rodas eram de aço, com sobre-aros cromados. Esse de nossas fotos, está com as do famoso modelo esportivo Magnum, que lhe caíram muito bem.
Atualmente, bons exemplares do AMC Rebel The Machine são bastante raros até nos EUA e nunca tivemos notícias de nenhum aqui no Brasil (está aí a dica para quem quer importar um muscle car diferente!). Pode custar até US$ 50 mil (cerca de R$ 250 mil ao cambio atual).
Aposto que você ficou impressionado com “A Máquina” da AMC!
Redação e edição: Fernando Barenco
Fotos: Ebay e propagandas de época
CADASTRE SEU WHATSAPP PARA RECEBER.
Deixe seu comentário!