A MD Juan fica nas Filipinas e produz todos os componentes do modelos da Willys MB e M38 (militares) e CJ (civil)
Em 1941, durante a II Guerra Mundial, o Japão invadiu as Filipinas, país que era então uma colônia dos Estados Unidos. A ocupação japonesa durou até o final do conflito, em 1945, quando os países aliados derrotaram os japoneses. Entre os veículos militares enviados pelo Exército Norte-americano para as Filipinas, estava o Jeep, que chegaram à Ásia aos milhares. Com o final da Guerra, os EUA chegaram à conclusão que seria mais barato simplesmente abandoná-los por lá, ao invés de enviar de volta.
Nas fotos impressionantes da Life, os Jeeps norte-americanos abandonados nas Filipinas
O Jeep na vida dos filipinos
Muitos daqueles Jeeps militares deixados de presente para a população filipina, foram reformados, “esticados”, ganharam pinturas multicoloridas, cromados e se transformaram em lotações, chamadas de “Jeepney” e que são muito utilizadas até hoje, oito décadas depois. Estima-se que apenas pelas ruas da capital do país, Manila, circulem mais de 50 mil desses veículos adaptados. Sem contar com o restante do país.
Os “Jeepneys”, os coloridos Jeeps travestidos de lotações
Mas, nos anos 1960, à medida que o Jeep norte-americano caía no gosto dos filipinos, começou a haver a escassez de peças de reposição no país e a importação era cara e complicada.
O Jeep inteiros sai da linha de montagem
Nas duas primeiras imagens, a fabricação. Depois, componentes dos militares M38 e MB; e um Jeep inteiro, já encaixotado para exportação
De olho nesse enorme filão de mercado, em 1966 um certo Dr. Maximino D. Juan criou a MD Juan Enterprises, uma empresa que iniciou suas atividades importando Jeeps militares usados da Europa. Mas não tardou a se transformar em indústria, produzindo suas próprias carrocerias e todos os outros componentes — do chassi aos menores parafusos — sendo possível montar por inteiro (exceto a parte mecânica) os modelos do Jeep Willys MB (incluindo a versão Ford GPW) e Willys M38, utilizados durante a II Guerra Mundial e a Guerra da Coreia, respectivamente; além das versões civis Willys CJ2 e CJ3.
A empresa se orgulha de usar metais de qualidade superior às originais e nas medidas exatas, para que não haja nenhum problema de adaptação. Sua linha de produção alia processos tradicionais com técnicas modernas, como o corte a laser computadorizado. Exporta suas peças para boa parte do mundo. Ela divulga seus produtos em seu site e em seu perfil no Instagram.
Destaques dos classificados
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos e vídeo: divulgação MD Juan
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