Coberturas

3º OpaRio: um fim de semana para celebrar o Chevrolet Opala

A melhor edição desse encontro monomodelo aconteceu nos dias 24 e 25 de agosto, em Petrópolis – RJ

Especial, De Luxo, SS, Comodoro, Diplomata… no último fim de semana — 24 e 25 de agosto — Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, se transformou na “capital do Chevrolet Opala”. Aconteceu lá o 3º Opario, que reuniu mais de uma centena de exemplares no Centro Histórico da “Cidade Imperial”. Foi sem dúvida a melhor das três edições do evento. A primeira aconteceu em 2022, em Rio das Flores; a segunda no ano passado em Ipiabas, distrito de Barra do Piraí.

Uma linha do tempo com as fases do Opala de 1968 a 1992. CLIQUE PARA VER!

O “quartel general” do evento foi a histórica sede da Cervejaria Boemia, a mais antiga do Brasil, fundada em 1853. Ali ficaram vários Opalas em destaque. uma linha do tempo contou a história do icônico primeiro Chevrolet produzido no Brasil — cujo lançamento aconteceu em 1968 — com um exemplar de cada uma das fases: 1968/1970, 1971/1974, 1975/1979, 1980/1984, 1985/1987/ 1988/1990, 1991/1992.

Reprodução de uma imagem histórica

3º Opario

A reprodução da célebre foto da GM de 1991

Um Diplomata na cor “Vermelho Ciprius” e uma ambulância, ambos de 1991, reproduziram fielmente a famosa foto da linha de montagem da General Motors que na época comemorava 1 milhão de Opalas fabricados. Uma ideia muito criativa e bem executada.

O falecido colecionador Petropolitano Célio Pavão — que morreu em 2021, vítima da Covid 19 — foi homenageado por seu filho Marcelo, que hoje administra a Coleção Galpão, com a participação de seis exemplares da Linha Opala pertencentes ao seu acervo: Comodoros 1979, 1986 e 1991; Opala SL 1988; e Caravans 1980 e 1990.

Romário é um dos profissionais que cuidam do acervo da Coleção Galpão. Na segunda foto, as viaturas da PM e da PRF. A Caravan Ambulância pertence a um particular

Participação também de duas viaturas oficiais com muitos serviços prestados e hoje merecidamente aposentadas. A primeira o Opala 1992 que pertence ao acervo do Museu da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A Segunda, a Caravan 1991 da Polícia Rodoviária Federal.  

O Opala “Rosa Pantera” exibe a Pantera-Cor-Rosa em um dos vidros laterais. O ganhador da miniatura presenteou o dono do carro

Lugar de destaque teve o Sedan De Luxo 1974 na icônica cor “Rosa Pantera”, que foi o “The Best” da edição passada e por isso escolhido como o carro-símbolo deste ano, tendo sua imagem utilizada nos cartazes, camisetas e demais peças de mídia. Virou também miniatura, pelas mãos de Marcelo Kowalski e que foi sorteada entre os inscritos no evento. O ganhador foi André Bastos, que no mesmo instante decidiu dar o mimo de presente para o próprio dono do carro, Rafael Segurasse.

O opaleiro-mirim do 3º OpaRio

3º Opario

Orlandinho, seus pais e seu Comodoro 1979, cujos grafismos ele mesmo criou!

Sem dúvida, a grande personalidade do 3º OpaRio foi o mais jovem opaleiro participante. Orlandinho, de apenas 6 anos, além de um apaixonado pelo Opala, é o proprietário oficial do exemplar da família, que vive em Teresópolis-RJ. E ele entende do assunto: perguntamos sobre o modelo e ano do carro e nos respondeu sem vacilar: “é um Comodoro 1979”. E pasmem! Seus pais, Heitor e Renata, nos contaram que foi o próprio Orlandinho que fez o desenho dos grafismos do carro, que ficou coisa de profissional. Heitor até nos mostrou o vídeo dele fazendo o desenho no papel. O jovem opaleiro já ficou tão famoso, que o Opala da família foi escolhido para ser o carro-madrinha de uma das etapas do Old Stock Race, categoria que revive a era do Opala na Stock Car.

De sábado para domingo, a virada no clima

O contraste entre o sábado ensolarado e o domingo de “russo” petropolitano

Os demais Opalas ficaram em exposição em frente à Cervejaria Bohemia, na Rua Alfredo Pachá. Devido à limitação de espaço, a organização realizou pré-incrições, limitadas a 160 veículos, número que foi alcançado alguns dias antes do evento. No primeiro dia do 3º OpaRio — bastante ensolarado e com clima bastante agradável — 2/3 da rua foi ocupada, tanto por pré-inscritos, como por carros que chegaram sem inscrição. O domingo prometia lotação máxima e os mais otimistas falavam até em falta de espaço. Mas a frente fria já prevista pelo serviço de meteorologia para o Sudeste no fim de semana, chegou à Serra Fluminense na noite anterior, esvaziando um pouco o segundo dia de evento no domingo. Os opaleiros de outras cidades tiveram a oportunidade de conhecer — além dos pontos turísticos — o frio e o “russo” típicos da cidade, que é como a neblina é chamada pelos petropolitanos.

Vencendo quilômetros e quilômetros…

O simpático casal do Espírito Santo e a Caravan do interior de São Paulo. No detalhe, Gustavo entrega o troféu de maior distância a Flávio

Mesmo assim, teve gente que veio de longe. Conversamos com o simpático casal Gustavo Borges Brandão e Aline, que vieram no Opala Especial 1974 de Vila Velha, a bela cidade que fica coladinha na Capital do Espírito Santo. Os 490 quilômetros de distância foram suficientes para levarem o prêmio de “maior distância percorrida” na edição do ano passado. Mas esse ano, de acordo com o Google Maps, eles foram superados por meros 2 quilômetros pelo paulista Flávio Jaques, que, vindo de Itapevi – SP, rodou nada menos que 492 quilômetros até Petrópolis com sua Caravan 1979. Flávio trouxe com ele toda a família e apesar da chuva de domingo, não se arrependeu da viagem e elogiou muito os atrativos turísticos de Petrópolis.

O carro mais antigos do 3º OpaRio foi também um dos mais originais. O Sedan 6 cilindros 3800 1969, de Mário Cesar, morador de Campos dos Goytacazes, é praticamente ainda todo de fábrica: pintura, interior, cromados e demais detalhes. Até a ressecada borracha de vedação do porta-malas é aquela de 1969. Impressionante!

Originais e cheios de histórias

Originalíssimos: Mário Cesar e seu Sedan 1969 e Luis Eduardo (d) com seu pai e a Caravan 1979

Outro carro que impressionou pela originalidade foi a station wagon Caravan 1979 na chamativa cor “Azul Xingú”, eleita a melhor na fase 1975/1979. Com o autêntico desgaste pelo tempo por toda a carroceria (não aquele desgaste artificial feito com lixas e abrasivos que alguns reproduzem atualmente…), o carro pertence ao jovem Luis Eduardo Pereira, que estava acompanhado de Cláudio, seu pai. Eles compraram o carro em Brasília há cerca de três anos e vieram rodando para casa. Cláudio contou que a viagem o fez relembrar os passeios de Opala que fazia na infância e destacou o fato de os carros antigos aproximarem pais e filhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas no caso do antigomobilista Luiz Camilo Monte Pinto, seu Opala na família desde zero quilômetro tem tudo a ver com a sua avó. É que o carro foi adquirido por ela zero km. E ao morrer em 1995 o deixou como herança para o neto, que na época tinha apenas 8 anos. Luiz Camilo nos mostrou a nota fiscal original de setembro de 1975 e nos contou que tem um tremendo cuidado com ele, saindo apenas em ocasiões especiais como essa.

O 3º OpaRio não se notabilizou apenas pela quantidade de carros, mas também pela qualidade. A organização teve até uma certa dificuldade para escolher os melhores exemplares de Opalas e Caravans das sete fases, para a premiação.

Um dos eleitos foi o Comodoro 1978, pertencente a Bruno Lara, do Rio de Janeiro. Seu carro na cor prata é da rara versão com interior em vermelho vinho, chamada de “Château”, uma referência que a própria Chevrolet fez nas propagandas da época. Já falamos sobre ele aqui no Maxicar.

Luiz Camilo e o carro de família; o “Château” 1979 e o The Best de Gleyson Melo

O prêmio “The Best” de 2024 foi para o Diplomata “Azul Gythion” 1992, de Gleyson Melo. O belo exemplar do ano de despedida do Opala será o carro-símbolo da quarta edição do OpaRio, ilustrando todo o material de divulgação e sendo destaque no evento, que ainda não tem data nem cidade definidas. Já estamos aguardando ansiosos!

Os premiados do 3º OpaRio

Opala 1968/1970 - Opala Sedan 1970 – Eduardo Orsini


 

Opala 1968/1970 - Opala Sedan 1970 – Eduardo Orsini


 

Opala 1971/1974Opala Gran Luxo 1973 – André Bastos


 

Opala 1971/1974Opala Gran Luxo 1973 – André Bastos


 

Opala 1975/1979Opala Comodoro Coupê “Chateau” 1978 – Bruno Lara


 

Opala 1980/1987Opala Coupê 1980


 

Opala 1980/1987Opala Coupê 1980


 

Opala 1988/1990Opala SL 1988 – Marcelo Pavão


 

Opala 1988/1990Opala SL 1988 – Marcelo Pavão


 

Opala 1991/1992Opala Diplomata 1991 – Raphael Carvalho


 

Opala 1991/1992Opala Diplomata 1991 – Raphael Carvalho


 

Caravan 1975/1979Caravan 1979 – Luis Eduardo Pereira


 

Caravan 1975/1979Caravan 1979 – Luis Eduardo Pereira


 

Caravan – 1980/1987Caravan Std 1980 – Marcelo Pavão


 

Caravan 1988/1990Caravan Comodoro 1990 – Marcelo Pavão


 

Caravan 1988/1990Caravan Comodoro 1990 – Marcelo Pavão


 

Caravan – 1980/1987Caravan Std 1980 – Marcelo Pavão


 

Caravan 1991/1992Caravan Ambulância 1991 – Mônica Salti/Alexandre Padrão


 

Caravan 1991/1992Caravan Ambulância 1991 – Mônica Salti/Alexandre Padrão


 

THE BEST - Opala Diplomata 1992 – Gleyson Melo


 

THE BEST - Opala Diplomata 1992 – Gleyson Melo


 

Redação: Fernando Barenco
Fotos: Fátima Barenco

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