Curiosidades

Olha só onde ficava o estepe dos carros da Bristol!

Bristol

Interessante recurso foi utilizado pela marca britânica de carros de luxo durante décadas e em diversos modelos. E do outro lado ficava a bateria

Quando decidimos escrever algo sobre o automóvel britânico Bristol, ficamos na dúvida sobre em que seção iríamos publicar a matéria! “Carros estranhos”? “Marcas extintas”? Poderia ser pois em ambas a Bristol cabia. Mas acabamos optando mesmo por “Curiosidades”, afinal ela criou um jeito inusitado e muito engenhoso de guardar o pneus sobressalente, o popular estepe, e de quebra deu o mesmo destino à bateria. E isso acabou se tornando sua marca registrada.

A Bristol Cars nasceu com um braço da fabricante de aviões Bristol Aeroplane Company, logo depois da II Guerra Mundial, se tornando independente a partir da década de 1960.

Bristol 400, uma versão britânica dos BMW

A Bristol e seu carros requintados

Focada desde o início em automóveis de luxo e de baixa produção, seus primeiros modelos — 400 a 403, produzidos entre 1946 e 1953 — foram praticamente versões inglesas pré-Guerra da alemã BMW, incluindo chassi, mecânica e até design. Até a típica grade em formato de rim os modelos Bristol possuíam.

Bristol

A grande virada aconteceu em 1954 com o lançamento do Bristol 404, que tinha um desenho muito mais moderno e de acordo com os novos tempos. Manteve apenas a mecânica BMW de seis cilindros.

Alguns anos depois, seus modelos passaram a utilizar os mais potentes motores V8 da Chrysler.

Embora não fosse um “must” em termos estéticos, o 404 introduziu também aquela grande novidade em termos de aproveitamento de espaço, com compartimentos laterais, entre os paralamas dianteiros e as portas, que se abriam para cima, acomodando lado esquerdo o estepe, o macaco e a chave de rodas e do lado direito a bateria. Junto a ela também o sistema de servo freios, o alternador e a caixa de fusíveis.

Bristol

Do lado direito ficava a bateria, junto com outros componentes

Este recurso estilístico se tornou uma característica única dos automóveis da marca e foi mantido até os últimos modelos, incluindo o Blenheim (603 S4), cuja produção foi encerrada em 2011.

Fim da linha

A partir de então, a Bristol viveu um período de grandes dificuldades sem produzir carros em série. Em 2016 chegou a anunciar o lançamento em breve de um roadster com carroceria em fibra de carbono, cuja produção seria limitada a 70 unidades, mas isso nunca se tornou realidade e a Bristol encerrou suas atividades em 2020.

Visite o site do Bristol Owners Club, fundado na Inglaterra em 1964 e que atualmente conta com mais de 600 membros.

Redação e edição: Fernando Barenco

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