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Itaipu Binacional põe em exposição sua última Kombi de bombeiros

Kombi de bombeiros

Fabricada em 1992 e vendida em um leilão em 2011, ela agora volta à hidrelétrica para uma exposição comemorativa

A antiga Kombi vermelha, com placa original ACN 3696, ano 1992, considerada um xodó pelos bombeiros e muitos outros empregados da Itaipu Binacional, está de volta à hidrelétrica depois de 13 anos de para as comemorações do cinquentenário da Segurança Empresarial. Sua aposentadoria deixou saudades em muita gente e, quando foi vendida, provocou comoção. O retorno da antiga Kombi de bombeiros, chamada de Valente, é motivo de alegria principalmente para os(as) mais antigos(as) ainda na ativa.

Atualmente, ela está exposta em frente à sede do Corpo de Bombeiros da Usina. Réplicas de dois Fuscas da época da construção também estão em exposição na empresa, na entrada das duas margens da Binacional, em Foz do Iguaçu e Hernandárias, no Paraguai, para marcar a data festiva.

Eles fazem parte de uma mostra itinerante, revezando-se para que mais pessoas possam conhecer essa parte da frota antiga e fazer uma viagem ao passado.

O trabalho da antiga Kombi de bombeiros

Kombi de bombeiros

A Valente na ativa, na década de 1990

A Volkswagen Kombi era adaptada para levar os materiais de combate a incêndio, como extintores, mangueiras, líquido gerador de espuma, material de iluminação e motogerador, entre outros. O veículo atendia o Corpo de Bombeiros na cota 108. Como os bombeiros trabalham integrados, o veículo era compartilhado por eles na Margem Esquerda e Margem Direita.

Aposentada, a Kombi foi adquirida por José Carlos Gabriel, um apaixonado por carros antigos, em outubro de 2011, num leilão bastante concorrido. Quando foi arrematada estava com apenas 49.353 quilômetros rodados. Hoje, a quilometragem aferida é de aproximadamente 80 mil. Nos primeiros anos da usina hidrelétrica, a frota de Kombis e Fuscas era majoritária.

Kombi de bombeiros

A Kombi de bombeiros no dia do leilão, em 2011. No detalhe, José Carlos Gabriel, seu atual proprietário

Gabriel confessa ter se apaixonado pela Kombi à primeira vista, assim que a conheceu no pátio do Almoxarifado de Itaipu, durante visita aos lotes oferecidos no leilão. Na ocasião ele comentou: “Vim apenas para comprá-la e até passei do meu limite inicial, de R$ 12 mil. Mas já acho que valeu a pena. Verifiquei que ela rodou, em média, 6 a 7 quilômetros por dia. Ou seja, está novinha!”

A velha Kombi deixa muito carro novo para trás. Gabriel já rodou por vários lugares com a perua, que praticamente não foi modificada. Ele fez duas viagens para Curitiba e também para Caiobá, no litoral do Paraná, e para várias cidades do Sudoeste, além de Santa Rita e Encarnación, no Paraguai. Todas para participar de eventos de carros antigos. Por onde passa, é fácil encontrar um ou outro empregado ou aposentado de Itaipu que pergunta com saudosismo sobre o veículo, que teve de ganhar novo emplacamento, mas continua com a placa original para usar nos eventos.

 Saudosismo

Para o coordenador do Corpo de Bombeiros, Márcio Rodrigo Marquetto Maurício, a palavra que define o retorno da Valente é saudosismo. “É um misto de emoções, né? Eu vejo a Kombi ali e sinto saudade, tenho gratidão ao equipamento que nos serviu, de uma forma diferente do que a gente estava acostumado no Corpo de Bombeiros Militar. Lá, a gente utilizava caminhões maiores; aqui a gente usava uma Kombi dentro da área industrial, para dirigir nas áreas internas da usina. Sinto, ao mesmo tempo, orgulho. É um equipamento que, na época, era o que existia disponível, e hoje ficou para nossa história. É uma tradição, parte da carreira de muitos dos bombeiros que trabalhavam com ela.”

Redação e fotos: Sala de Imprensa – Itaipu Binacional

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