Estima-se que restem menos de 20 unidades desse carro especial produzido apenas em 1956 e 1957
Feliz proprietário de um Cadillac Eldorado 1955, o empresário canadense radicado em Detroit, Reuben Allender colocou em prática a ideia de criar um automóvel exclusivo — só que mais acessível —, com o mesmo estilo do caríssimo modelo GM que era o sonho de consumo de nove em cada dez norte-americanos. Assim, nascia em 1956 o Chevrolet El Morocco.
Esse automóvel de nome exótico foi baseado nas versões Coupê ou Conversível no Chevrolet Bel Air. Em seu primeiro ano, o Chevrolet El Morocco teve mudanças menos significativas em relação ao Bel Air original. Ganhou o famoso rabo-de-peixe do Cadillac, com prolongamento do paralama traseiro feito em fibra de vidro.
A Versão 1956 do Chevrolet El Morocco
Na parte dianteira, poucas alterações. A grade permaneceu a mesma e o emblema “Chevrolet” foi naturalmente substituído por “El Morocco”. O parachoque ganhou aqueles típicos adornos em formato de bala dos Cads dos anos 1950. Para isso, foram usados os corpos metálicos dos faróis da picape Dodge 1937, que foram soldadas ao contrário. O carro ganhou também calotas exclusivas.
No interior, nenhuma mudança significativa. Apenas as trocas de emblemas. O mesmo aconteceu com a parte mecânica. O Chevrolet El Morocco tinha como padrão o motor V8 283, com câmbio automático Powerglide.
Em 1957, um novo Chevrolet El Morocco

Chevrolet El Morocco 1957 com Cadillac Eldorado Brougham no detalhe
Em seu segundo e último ano as transformações do Bel Air original ficaram mais radicais, sobretudo na traseira. O El Morocco seguiu os traços do então top de linha da GM, o Cadillac Eldorado Brougham, o que lhe rendeu o apelido de “Baby Brougham”.
Mas agora, os paralamas traseiros eram feitos em metal e ele ganhou ainda painéis em aço escovado nas laterais, como no Brougham.
Na parte dianteira, as alterações também foram mais significativas, com nova grade, novo capô, sem as “ogivas”, setas no parachoque e frisos dos paralamas deslocados para baixo. Assim, como seu antecessor, o modelo de 1957 manteve o interior original e a mecânica.
Tanto em 1956 quanto em 1957, foram utilizadas peças de acabamento de modelos de outras marcas. Além da Dodge já citada, Desoto, Frazer, Willys… De acordo com a literatura, foram produzidos ao todo apenas 36 unidades do Chevrolet El Marocco, todos devidamente registrados com esse nome.
Atualmente restam menos de 20 remanescentes. São muito desejados pelos colecionadores e exemplares em perfeitas condições podem ultrapassar os US$ 200 mil.
Esse magnífico conversível azul 1957 que serviu de modelo para nossa matéria está sendo oferecido em um leilão de carros clássicos da Mecum Actions, que irá acontecer entre os dias 9 e 17 de maio em Indianápolis.
Destaques dos classificados
Redação: Fernando Barenco
Fotos: Mecum Auctions

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