Apresentado na sua versão Sprint no Salão do Automóvel de Turim, em 21 de abril de 1954, o modelo ainda se mantém contemporâneo depois de sete décadas
Completando 70 anos em 2024, o lendário Alfa Romeo Giulietta — “la fidanzata d’Italia” (“a namorada de Itália”) — é um modelo que fez história e continua a ser, até hoje, uma referência para os fãs das quatro rodas de todo o mundo.
No início da década de 1950, tendo então ganhado dois campeonatos de F1 consecutivos com o Alfetta, conduzido primeiro por Farina e depois por Fangio, em 1950 e 1951, a marca sediada em Milão queria produzir um modelo que pudesse sustentar os volumes de produção e atrair um público mais vasto e menos elitista, sem trair as principais características que já tinham feito da Alfa Romeo um sucesso: estilo, performance e confiabilidade.
O novo projeto
Então, o Alfa Romeo Centro Stile começou a trabalhar e não faltaram propostas. O projeto vencedor foi desenvolvido na Bertone pelo insuperável Franco Scaglione, o mesmo designer do quase contemporâneo “2000 Sportiva”, e do futuro 33 Stradale, de 1967.
O resultado foi um automóvel de linhas rebaixadas com laterais extremamente simples e limpas, enquanto a traseira — com o seu vidro envolvente fortemente inclinado — apresentava duas “barbatanas” laterais que conferiam dinamismo ao conjunto: mesmo quando parado, o Giulietta parecia estar em movimento. Os funcionários da Alfa Romeo apaixonaram-se de imediato pelo novo automóvel e, duas semanas antes do seu lançamento, foi organizada uma pré-apresentação na própria fábrica para convidados e autoridades: dois atores saltaram de um helicóptero vestidos de Romeu e Julieta.
O lançamento do Alfa Romeo Giulietta
Foi oficialmente apresentado ao público em 21 de abril de 1954, no Salão do Automóvel de Turim, apenas na versão coupê Sprint, algo incomum na época, uma vez que a versão berlina era sempre apresentada em primeiro lugar. O Alfa Romeo Giulietta Sprint foi imediatamente um sucesso e, nos primeiros dias do Salão do Automóvel foram feitas cerca de 2.000 encomendas. Um sucesso!
A Alfa Romeo entrava assim numa nova arena competitiva, a dos coupês compactos de elevado desempenho, e estabelecia novos padrões técnicos e de performance que a colocavam muito à frente dos seus concorrentes.
O motor do Giulietta dispunha de quatro cilindros de 1.3 litros de cilindrada com dupla árvore de cames (uma solução herdada das corridas), feito inteiramente em alumínio com base na aeronáutica, um domínio em que a Alfa Romeo era desde há muito uma referência de excelência. Este motor permitiu que ele atingisse uma velocidade máxima de cerca de 170 km/h, bastante elevada para aquela época. Na sua versão Veloce, o Sprint conquistou inúmeras vitórias em pistas e estradas de todo o mundo.
Produção de seis dígitos e outras versões
Berlina, Spider e SZ
Destaques dos classificados
O Sprint tornou-se “a namorada de Itália”, sendo um dos primeiros automóveis com nome de mulher, tendo rapidamente conquistado o público, especialmente as classes média e média-alta, que o viram como um símbolo do que veio a ser conhecido como o “boom econômico” da Itália. Quando a Alfa Romeo Giulietta número 100.001 saiu das linhas de produção da fábrica de Portello, a atriz Giulietta Masina — a musa de Federico Fellini — celebrou pessoalmente este importante marco de produção; foi o primeiro modelo do construtor de Milão a atingir um volume de seis dígitos.
À Sprint rapidamente se juntaram as outras versões, como a Berlina (sedan), a lendária Spider — que se tornou sucesso comercial nos EUA — e a Giulietta SZ, com a sua “cauda truncada”. De 1954 a 1965, foram produzidos 177.690 Giulietta em todas as suas variantes, testemunhando um sucesso e um atrativo que não mostra sinais de diminuição, apesar da passagem do tempo.
Texto: Stellantis Communications Europa
Fotos: Divulgação
CADASTRE SEU WHATSAPP PARA RECEBER.
Deixe seu comentário!