Mosca Branca

Em tempos de Olimpíadas, relembre o VW Voyage Los Angeles

Voyage Los Angeles

Série especial de 1984 tinha cor exclusiva considerada muito espalhafatosa. Vendas ficaram distantes da previsão inicial

Voyage Los Angeles

No rastro do sucesso do Gol Copa 1982, lançado em homenagem à Copa do Mundo da Espanha, em 1984 chegava às concessionárias o VW Voyage Los Angeles, uma série especial alusiva aos Jogos Olímpicos que aconteciam na cidade californiana.

Assim como a série especial do Gol de dois anos antes, o Voyage Los Angeles estava também disponível apenas em azul metálico. No entanto, parece que nesse caso a Volkswagen exagerou um pouco no tom e não foi uma unanimidade entre os clientes. Pois, enquanto o Gol Copa era de um azul bem suave e discreto, o Voyage Los Angeles era pintado no considerado chamativo tom “Azul Enseada”. Na época rolou até o pejorativo apelido de “azul tampa de panela”, uma alusão à linha de panelas da marca Rochedo, bastante conhecidas na época.

Características do Voyage Los Angeles

O VW Voyage Los Angeles não tinha pretensões esportivas. Era baseado na versão LS e o motor era o mesmo MD 270 1.6, movido exclusivamente a álcool. O câmbio era de 4 marchas. As diferenças estavam nos detalhes, alguns deles exclusivos: rodas de liga leve (que eram opcionais para outras versões) spoilers dianteiro e traseiro, parachoques da cor do carro, filetes laterais em vermelho, faróis auxiliares, emblemas e adesivo no vidro traseiro alusivos à versão.

O interior era bem caprichado, com bancos Recaro em veludo “navalhado”, com forrações laterais no mesmo padrão, e volante esportivo.

Atualmente muito raro e colecionável

De acordo com a literatura, o objetivo inicial da Volkswagen era vender 3.000 Voyage Los Angeles, mas foram comercializados apenas 300. Este fato, torna essa versão especial bastante rara, principalmente em se tratando de exemplares originais e em excelente estado, como esse que nos serviu de modelo.

E cá para nós: se na época esse tal “Azul Enseada” era considerado muito “cheguei”, hoje em dia — num mundo de carros pretos, brancos ou cinzas — ele significa destaque. E é isso que os antigomobilistas geralmente buscam!

Texto: Fernando Barenco
Fotos: gentilmente cedidas por Wesley Andrade

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