Acervo conta com 130 automóveis, além de motocicletas clássicas Harley Davidson
Localizado em Gramado-RS, o museu de automóveis clássicos Hollywood Dream Cars está completando dezessete anos e vem sendo aclamado como uma das mais belas atrações do gênero no país. Exibe, entre outros, os mais perfeitos e originais veículos dos anos dourados de Hollywood e da indústria automobilística americana das décadas de 1930, 40, 50, 60 e 70, que encantaram artistas, presidentes e personalidades do mundo inteiro.
Em uma área de mil metros quadrados encontram-se raridades como o Cadillac Eldorado Biarritz 1957, hidramatic, com direção hidráulica, vidros, bancos, capotas e abertura do porta-malas elétricos, aquecimento nos bancos e escurecedor de luz. Era o automóvel que dignatários e capitães da indústria de Hollywood tinham que ter. Produzidos apenas 1.800 Biarritz hoje existem menos de 100 unidades catalogadas. Em 2010 um desses foi arrematado por 363 mil dólares em um leilão nos Estados Unidos.
Outra raridade é o Chrysler New Yorker Conversível 1953. Foram produzidos apenas 950 e hoje há apenas 8 peças registradas no mundo. O Ford 1948 conversível que tem capota de lona com sistema de abertura eletro-hidráulico é considerado uma jóia rara. Um desses foi estrela do primeiro filme Karatê Kid de 1984. Já o Lincoln 1946 Continental Club Coupê V 12 era o carro preferido pelo gângster americano Al Capone. Foram produzidos apenas 446 modelos nesse ano. No Brasil existem cerca de doze. O modelo Continental significava o superlativo em estilo, luxo e excelência.
Um Ford Crown Victória que reluz no salão é um dos mais cobiçados por colecionadores. O que marca esse automóvel é a cinta de aço inoxidável que contorna o teto. Em 1956 esse foi o modelo mais luxuoso produzido pela Ford Motor Company. Outro Ford de 1956 exposto é o Victória Conversível e esse exemplar é o único existente no Brasil.
O Rolls Royce Silver Cloud I 1961 traz linhas elegantes e toda a pompa da marca inglesa. Foi o último RR impulsionado por motor 6 cilindros. Mede 5,34 metros e pesa 2.100 quilos.
Todos impecáveis como o Impala Conversível 1961 com para-brisa ray-ban, baixíssima quilometragem, que pertenceu ao cantor Sérgio Reis na época da Jovem Guarda.
Outras raridades em exposição: Cadillacs de diversos modelos como o Eldorado, o 1951 Conversível — idêntico ao que pertenceu a Elvis Presley — e ainda o 1930 Coupê Cabriolet. Os Fords Failane 1958 e Galaxie Victoria 1959. Um maravilhoso Lincoln Premiere 1959, símbolo de potência, beleza, conforto e luxo, o preferido dos executivos. E um Lincoln ao lado de um Mercury, ambos conversíveis e de 1946.
Entre tantos outros que poderiam ser destacados aqui está o Thunderbird 1957, recordista de vendas na época, com 21.360 unidades produzidas, motor 5.1 litros V 8 com opcional de dois carburadores que eleva sua potência para 300 cv. É literalmente um motor de avião.
Destaques dos classificados
O espaço interno do museu foi minuciosamente preparado para abrigar essas preciosidades. Mesmo com o cordão de isolamento não se perde um detalhe dos veículos, pois, espelhos foram colocados estrategicamente permitindo a visão de todos os ângulos, até mesmo de suas traseiras. Além disso, placas explicativas contam a história e as peculiaridades de cada um. Uma agradável loja de fotos, lembranças e miniaturas completam o tour ao museu.
O acervo do Hollywood Dreams soma 130 automóveis, todos em perfeito estado. Pode-se virar a chave e sair rodando com qualquer um deles segundo o curador, Rodrigo Ferrás. Por ser impossível expor todos de uma vez, periodicamente são trocados os veículos do salão. Assim, o visitante pode retornar e encontrar novidades. Ainda fazem parte do acervo motocicletas, caminhonetes e caminhões antigos elevando para duas centenas o número de relíquias sobre rodas. As motocicletas já ganharam museu próprio, próximo ao Hollywood, que se chama Harley Motor Show e está sendo construído na mesma região o American Old Trucks, outro museu, que abrigará os caminhões e as caminhonetes dessa fantástica coleção.
Texto e fotos: João Baptista Jorge Pinto Filho
Edição: Fernando Barenco
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