A ideia era genial! Pneus coloridos, translúcidos e que podiam ser iluminados. Mas algo deu errado no projeto…
No início dos anos 1950 a Goodyear deu início à pesquisa de um novo composto para a fabricação de pneus. Passados dez anos, em 1961, era apresentado um tipo de pneu que prometia ser uma verdadeira revolução. Fabricado com um composto que misturava borracha e plástico, batizado de Neothane, o novo pneu de fato tinha características inéditas e inimagináveis: eram translúcidos e podiam ser tingidos com cores chamativas. Verde, vermelho, amarelo, laranja, azul, roxo…
Em um release para a imprensa, a Goodyear anunciava: “Uma vez que os pneus cheguem ao mercado — e isso pode acontecer em alguns anos — os fabricantes de automóveis poderão usá-los para combinar com os esquemas de cores de seus carros. E não é nada improvável que as senhoras queiram pneus que combinem com seu guarda-roupa, seu cabelo, ou até mesmo seus olhos. Quando esse dia chegar, significará uma nova fronteira para o designer de pneus.”
Mas para promover seu novo produto, a Goodyear foi além. Numa genial jogada de marketing, aproveitou a principal característica do novo composto — a translucidez — instalando 18 pequenas lâmpadas dentro dos pneus de carros usados em ações publicitárias em Nova York e Miami. Como não tinham câmaras de ar, os pneus ficaram totalmente iluminados.
Mas, apesar de durável e fácil de produzir, o Neothane era um composto caro para a produção de pneus. Além disso, os testes mostraram que tinha pouca aderência na chuva e derretia em altas temperaturas, como em freadas bruscas, por exemplo.
Depois de mais alguns anos de pesquisas na esperança de aperfeiçoar o projeto, a Goodyear acabou desistindo do sonho do pneu colorido e iluminado.
Texto e edição: Fernando Barenco
Fotos: de época, da Revista Life
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