Entre as novidades no documento que orienta os clubes filiados nas vistorias de Placa Preta estão mudanças de critérios nos “Itens Excludentes”, uma nova redação e a inclusão do CPF do proprietário do veículo no Certificado de Originalidade
Entra em vigor no dia 1° de outubro a nova versão do Manual do Avaliador da Federação Brasileira de Veículos — FBVA. É este documento que orienta os avaliadores dos mais de 200 clubes de carros antigos de todo o Brasil filiados à entidade, durante as vistorias dos veículos dos sócios que pleiteiam as Placas Pretas (Veículo de Coleção).
A última atualização do Manual do Avaliador havia acontecido em 2014, através de um amplo debate que reuniu em São Paulo representantes de clubes dos mais diversos pontos do Brasil, filiados ou não à FBVA.
Passados seis anos, a Diretoria Técnica da FBVA achou que era chegada a hora de fazer uma revisão, alterando, melhorando a redação de alguns itens já existentes e acrescentando outros, que não existiam na versão anterior, como a inclusão de um capítulo sobre trailers, motorhomes e carretinhas.
O que mudou?
No quesito “Itens Excludentes”, ou seja, aqueles que desclassificam o veículo na vistoria, algumas novas regras foram criadas e outras abrandadas.
No item “Pintura”, pela manual de 2014 somente seriam aceitas mudanças de cores caso o veículo fosse pintado de outra cor que constasse no catálogo de cores daquele ano/modelo. Agora, é aceita qualquer cor da época, mesmo a de outras marcas. Mas vale lembrar que na planilha referente a esse quesito o carro tem a pontuação zerada, o que dificulta a obtenção dos 80 pontos necessários para receber o Certificado de Originalidade. Pinturas extravagantes continuam desclassificatórias.
Em compensação, faróis e lanternas agora aparecem entre os “Itens Excludentes”, sendo proibido o uso de tecnologia não disponível na época em que o carro foi produzido. É o caso dos faróis de led, por exemplo. No caso de modelos bem antigos, fabricados antes da II Guerra, fica vetada a substituição de faróis originais pelos selados, o chamados “sealed-beams”.
Para motores, as regras permanecem as mesmas. Mas esse quesito está agora com redação mais explicativa. No caso de veículos militares, a troca da mecânica original somente será aceita se feita pelas Forças Armadas, com comprovação.
Além disso, no caso de veículos muito antigos e/ou raros em que haja grandes dificuldades da manutenção da mecânica original, a substituição poderá ser analisada pela FBVA. Injeção eletrônica em carro originalmente carburado continua não podendo. Kit gás também não.
Destaques dos classificados
O item “Teto de Vinil” agora é citado como excludente no novo Manual do Avaliador. Modelos que originalmente possuem tetos de vinil, caso dos nacionais Ford Landau e Dodge Charger R/T, serão desclassificados se estiverem sem ele. E o teto deve ser da mesma cor, material e costura do padrão da época.
Itens Não-Excludentes
A seção de “Itens Não-Excludentes” ganhou uma nova redação, para facilitar a compreensão do avaliador. São aqueles itens que, se fora do padrão original, não desclassificam o veículo, mas fazem com que percam valiosos pontinhos, podendo impedir que alcance o mínimo de 80 pontos exigidos.
Tabela de pontuação
Como em edições anteriores, este Manual do Avaliador da FBVA apresenta a tabela de pontuação, que sofreu alguns ajustes em seus valores. São quatro quesitos principais: mecânica, elétrica, parte externa e parte interna. Cada um deles divididos em diversos sub quesitos. Em “Parte Externa”, por exemplo, temos Carroceria, Pintura, Cromados, Parachoques, Faróis, Vidros, Retrovisor e Capota.
Permanecem também as planilhas para cada tipo de veículo: automóveis e pick-ups; ônibus e caminhões; motocicletas; motorhomes; trailers de camping.
Fotos
O número de fotos que o avaliador do clube filiado deve tirar do veículo durante a vistoria foi ampliado. Antes eram seis. Agora são 13 para veículos de duas portas e 15 para os de quatro. O objetivo é uma melhor avaliação do veículo.
Outras novidades são a inclusão do número do CPF do proprietário do veículo no Certificado de Originalidade — tornando-o pessoal e intransferível — e a inclusão de um glossário de termos técnicos que facilita a vida do avaliador.
Você pode conhecer o novo Manual do Avaliador da FBVA neste link.
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