VW Brasília, Ford Maverick, Chevrolet Chevette e Dodge 1800/Polara foram lançados em 1973
1973 foi um ano rico em lançamentos automobilísticos no Brasil. As quatro principais multinacionais fabricantes de automóveis apresentaram novidades.
Da Ford, o Maverick, em versões Coupê e Sedan; da Volkswagen, a Brasília (hatch? perua?), da Chevrolet, o Chevette, que chegou para brigar com o Fusca; e da Dodge, o 1800, primeiro modelo compacto da marca no Brasil.
No dia 8 de junho de 1973 era lançado oficialmente o VW Brasília — que nos habituamos a chamar de ‘a’ Brasília. Projeto 100% nacional, sob a batuta do designer Márcio Piancastelli, criador também do SP2.
A concepção mecânica era a mesma do Fusca, com motor boxer traseiro refrigerado a ar. Seu design é indefinido, misturando hatch com station wagon. A grande área envidraçada ajudava na condução.
No princípio seu motor 1600 era de carburação simples e rendia 58cv, passando à dupla em 1975. Teve uma versão de exportação com 4 portas, disponível depois no mercado brasileiro também.
O VW Brasília nasceu para substituir o Fusca. Apesar de não ter conseguido alcançar esse objetivo, fez grande sucesso: vendeu 34.756 unidades já no primeiro ano e mais de 1 milhão até 1982, quando deixou de ser fabricada
Lançado no Brasil em junho de 1973, o Ford Maverick era considerado “compacto” nos EUA, seu país de origem. A princípio tinha motor 6 cilindros herdado da antiga Linha Willys, que passou por alguns aperfeiçoamentos.
Depois passou a contar com o potente V8 302, que equipou a versão esportiva GT, muito cultuada e valorizada atualmente no mercado de carros clássicos.
No ano de lançamento vendeu 22.140 unidades, entre Coupês de duas portas (o preferido) e o Sedan de 4 portas. Em 1975, o motor 6 cilindros deu lugar a um econômico e mais moderno 4 cilindros.
Passou por um leve facelift em 1977, mas com vendas abaixo do esperado, saiu de linha dois anos depois. Foi prejudicado pela crise do petróleo e teve pouco mais de 108 mil unidades produzidas.
Nosso Chevette era a versão brasileira do alemão Kadett C, da Opel, que na época pertencia à GM. Foi lançado em abril de 1973 e fez sucesso de cara, vendendo 31.637 unidades em seu primeiro ano.
Tinha motor de 4 cilindros e tração traseira. Foi o primeiro modelo pequeno da Chevrolet aqui e disputava mercado com Fusca e Brasília, da VW e Corcel, da Ford.
A primeira versão disponível foi o sedan de duas portas. Depois vieram o 4 portas, o hatch, a SW (batizada de Marajó) e a picape Chevy 500.
Teve versões esportivas também: GP, GPII e 1.6 S/R.
Em sua última fase, teve uma versão 1.0 batizada de Júnior (1992/93). O Chevrolet Chevette fez um enorme sucesso, tendo sido fabricados 1,6 milhão de unidades.
No início dos anos 1970 a Chrysler do Brasil decidiu entrar no mercado de carros pequenos e mais populares. Fabricava até então apenas os grandes da linha Dart/Charger.
Optou por adaptar o Avenger, modelo inglês da Hillman, subsidiária Chrysler, que aqui ganhou o nome de Dodge 1800.
Ele foi lançado a toque de caixa em abril de 1973 para concorrer principalmente com o Chevrolet Chevette, que acabava de ser lançado. Seu motor 1.8 de 4 cilindros rendia 85cv.
No entanto, a pressa do projeto fez com que no início tivesse problemas mecânicos e de acabamento, prejudicando as vendas, que ficaram abaixo do esperado no primeiro ano: 15.145 unidades.
Sanados os problemas, foi rebatizado como Polara em 1976. Ficou ainda mais potente, com 93cv. Em 1978 ganhou faróis retangulares, uma tendência da época. Opcionalmente podia ter câmbio automático.
Em 1979 a Chrysler do Brasil foi vendida à Volkswagen, que continuou a produzir o Polara (e o restante da Linha Dodge) somente até 1981. Ele nunca foi um grande sucesso de vendas, tendo sido produzidos em 8 anos 92.665 exemplares entre 1800 e Polaras.