Do herói de guerra à SUV de luxo
Jeep
Concebido para a II Guerra Mundial, o Jeep logo ganhou fama mundial por sua resistência e versatilidade. Com uma história cheia de reviravoltas, hoje a marca está nas mãos da italiana Fiat
O Exército Americano lança edital para a fabricação de um veículo militar leve. Ele deveria ter, entre outras, as seguintes características: tração 4X4, capacidade para 3 soldados e 300 kg de carga.
1940
A American Bantam é a única que consegue entregar o projeto no prazo, que acabou sendo estendido. Assim, Willys e Ford também puderam apresentar seus projetos. Os três foram aprovados.
1940
O Exército encomenda 16 mil Jeeps e escolhe o Willys MB como padrão, considerado o melhor dos três: era mais potente (60hp) e mais barato. Mas ele recebeu algumas soluções de design do Bantam e do Ford, como a grade, por exemplo.
1941
A Ford também passa a fabricar o Jeep, já que a Willys sozinha não dava conta da grande produção. O modelo foi batizado de GPW. Durante toda a 2ª Guerra Mundial foram produzidos 363 mil Willys e 280 mil Fords.
1941
Com o fim da II Guerra Mundial, a Willys lança o CJ2-A (Civilian Jeep), a versão civil do herói do conflito mundial. Teve produção de somente 45 unidades, que nunca foram vendidas ao público. Depois vieram os CJ3-A e CJ3B.
1945
A Willys lança sua linha de utilitários já com a marca ‘Jeep’, que incluía vários modelos de pick-ups e dois furgões de carga.
1947
Lançamento da Jeep Station Wagon, uma precursora das atuais SUVs e que deu origem à Rural Willys, fabricada no Brasil. Lança também o conversível Jeepster.
1948
Nasce a nova linha de automóveis de passeio da Willys, com o lançamento do Aero, composto de modelos de duas e quatro portas: Aero-Willys, Aero-Ace, Aero-Falcon e Aero-Lark.
1952
A Willys-Overland se funde à Kaiser Motors, formando a Willys Motors Incorporated. As operações da ‘nova’ Willys permanecem em Toledo, Ohio.
1953
Lançamento do Willys CJ5, modelo civil com visual remodelado, baseado no militar M38A1 da Guerra da Coréia. O CJ-3B continuou em produção.
1954
A marca Willys desaparece nos EUA, passando a se chamar Kaiser Jeep Corporation. A partir de então a palavra “Jeep” passa a ser usada oficialmente como marca. Lançamento da SUV Wagonner e da pick-up Gladiator.
1963
A Kaiser é vendida à AMC – American Motors Corporation por US$ 70 milhões. A AMC fabricava na ocasião o Javelin, o Rambler, o Gremlin, entre outros.
1970
Lançamento da Cherokee, a nova SUV da Jeep, que é produzida até hoje.
1974
Com dificuldades financeiras, a AMC vende ações para a francesa Renault, que chega a ter 49% de participação. A partir daí a linha Jeep se diversifica, com Grand Wagonner, Cherokee, Scrambler, CJ7, Wrangler e Commander.
1982
Nova troca de mãos. A Chrysler — que já tinha participação na AMC — assume o controle acionário da Jeep e a empresa é rebatizada de Jeep Eagle Corporation, tonando-se sua subsidiária.
1987
A Chrysler é comprada pela italiana Fiat e a holding passa a se chamar Fiat Chrysler Automobiles — FCA. Naturalmente as marcas Dodge, Ram, Mopar, SRT e Jeep também vieram no ‘pacote’.
2014
Atualmente a marca Jeep vende no Brasil Compass, Grand Cherokee Limited, Renegate e Wrangler. Nos Estados Unidos a linha inclui a pick-up New Gladiator e versões especiais, como a do Wrangler em homenagem à Willys.
2021
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