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A trajetória de um dos mais representativos foras-de-série brasileiros de sua época

O PUMA

A história do esportivo brasileiro Puma (e da fábrica Puma) começa em 1964, quando o designer Rino Malzoni apresentou à Equipe DKW de corridas um carro que batizou de GT Malzoni II. Tinha mecânica DKW e carroceria de metal.

CONHEÇA A HISTÓRIA DESSE PROTÓTIPO MALZONI

No ano seguinte o carro evoluiu para uma versão em fibra de vidro, mais leve, também para as pistas. Máquinas que fizeram sucesso nas mãos de pilotos como Marinho Camargo, Anísio Campos, Chico Lameirão, entre outros.

Ainda em 1965 foi fundada a Lumimari (depois rebatizada de Puma), empresa composta por Rino, Marinho e Milton Masteguin. No ano seguinte começou a produção da versão de rua do GT Malzoni, cuja produção foi de apenas 49 carros.  Foi o embrião da saga Puma.

1967 marca o lançamento do primeiro Puma. Mantinha o desenho básico do GT Malzoni, mas com acabamento bem mais aprimorado. A mecânica era a mesma DKW, com motor 2 tempos de três cilindros. Foram fabricados 135 carros.

Puma DKW

Mas a compra da DKW-Vemag (que fornecia chassis e motores para a Puma) pela Volkswagen, e o encerramento de suas atividades, foi um balde de água fria nos planos da Puma. No entanto, a perseverança falou mais alto...

Nascia assim um totalmente novo Puma em 1968!

Com o novo projeto, a partir de 1968 chassi e mecânica passaram a ser fornecidos pela Volkswagen. Ambos do Karmann Ghia. O estilo era europeu e o acabamento bem refinado.

GT 1500

Em 1970, o Puma começou a ser exportado e sofreu algumas alterações de acabamento e uma mecânica mais potente, a 1600. Passou a ser chamado de GTE (‘E’ de Exportação). Havia agora a opção de motores mais potentes: até 2.000 cc.

GTE

Eis que em 1971 nasce a primeira versão conversível do Puma, a Spyder. Tinha capota de lona (opcionalmente também a rígida), aerofólio traseiro e capô dianteiro com duas depressões. As cores eram bem vivas.

SPYDER

Voltando a 1969, não podemos esquecer a edição especial Puma GT 4R, limitada a apenas 4 carros, encomendados pela Revista 4 Rodas para um concurso entre seus leitores.  Tinha várias diferenças em relação ao GT daquele ano, como faróis retangulares e rodas exclusivas.

GT 4R

1973 o Puma passou por um face-lift em sua carroceria. Novas lanternas dianteiras, ausência das bolhas nos faróis, entre outros detalhes. O conversível passou a  se chamar GTS e perdeu o aerofólio traseiro.

GTS e GTE – Fase 2

Em 1974 a Puma surpreendeu com um novo carro, cuja concepção nada tinha a ver com os pequenos GTE/GTS. Era o Puma GTB com mecânica 6 cilindros do Chevrolet Opala e jeitão de muscle car americano.

GTB

A partir de 1976 o Puma passou a usar o chassi e motor do VW Brasília. Assim, foi necessário alargar a bitola da carroceria. A traseira ficou mais reta e surgiram novas lanternas traseiras e aberturas de ar no capô. No GTE, as famosas “barbatanas” desapareceram.

Fase 3 – GTE e GTS

Em 1978 a Puma apresenta a Série II do GTB. Nova frente com quatro faróis, nova traseira, novos detalhes de acabamento. A mecânica Chevrolet permaneceu. Tinha ar condicionado e direção hidráulica. Custava mais caro que um Ford Landau.

GTB SII

Na tentativa de modernizar o design, a Puma adota em 1981 novos parachoques envolventes e com polainas laterais nos modelos com mecânica VW. As lanternas traseiras agora são de Brasília. O coupê passa a se chamar GTI e o conversível, GTC.

GTC e GTI

O bonito Puma P-018 foi apresentado em 1981. A carroceria parecia mais larga e vistosa. Tinha o mesmo conjunto mecânico VW refrigerado a ar. Mas motor 1700 e cambio com relações longas, como no SP2.

P-018

Em 1985 a Puma fecha sua fábrica em São Paulo e no ano seguinte transfere para a paranaense Araucária Veículos os direitos da marca e de fabricação. Mas em dois anos a empresa produziu poucos carros. Em 1988 entra em cena a Alfa Metais.

Araucária Veículos e Alfa Metais

A Alfa Metais dá um novo gás à produção. O Puma P-018 passa a chamar-se AM1, com leves alterações estéticas e mantendo a mesma mecânica. É lançada a versão conversível AM2.

AM1 e AM2

O AM3 foi a versão refrigerada a água do P-018, com leves mudanças estéticas e adoção de grade de refrigeração na traseira. O chassi ganhou um sub-chassi e o motor era o VW AP 1.6, o mesmo de Gol e Voyage. Lançado em 1989, disponível apenas na versão coupê.

AM3 e AM4

Já o AM4 foi a evolução do AM3, agora mais potente, com o motor VW AP 1.8. Foi lançado também em versão conversível.

AM3 e AM4

Lançado em 1989, foi a última reestilização do Puma GTB, que ganhou nova frente e novos acabamentos, sobretudo no interior. A mecânica permaneceu a mesma Chevrolet de 6 cilindros.

AMV

Além de todos esses conhecidos modelos, a Puma fabricou três protótipos de um batizado de Puma Al Fassi, nos tempos da Araucária, em 1987. O modelo seria exportado pelo ex-lutador de boxe Mohammad Ali. Mas o negócio acabou não dando certo.

Al Fassi

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