Além de importados, ele reúne alguns dos mais raros modelos já produzidos no Brasil
A Serra Gaúcha é uma das regiões turísticas mais visitadas do Brasil, atraindo anualmente milhões de turistas. E nos últimos anos se notabilizou pelos museus de automóveis.
O primeiro foi o Hollywood Dream Cars, em Gramado, especializado em carros americanos dos famosos ‘anos dourados’.
Na mesma cidade fica o American Old Trucks, com acervo de 60 caminhões.
E em Bento Gonçalves, foi inaugurado em 2021 o Cini Microcars Collection, com um belo e inédito acervo de microcarros antigos.
Mas vamos falar sobre o Museu do Automóvel de Canela, que, além de incríveis importados, possui um incomparável acervo de nacionais raros, que sozinhos já valem (e muito!) a visita. Quer conhecer alguns deles?
Um carro sofisticado que não saiu da fase embrionária, com a fabricação de somente cinco exemplares. O Democrata foi o sonho do empresário Nelson Fernandes. A carroceria era em fibra de vidro e o motor V6 italiano.
A IBAP pretendia vendê-los através da compra de ações da empresa que financiariam a produção. Mas foi acusada de uma suposta fraude. Hoje restam apenas três exemplares.
Coupê de porte médio, o Lafer LL é bem diferente de seu “irmão menor”: o conversível MP Lafer. O motor era o do Chevrolet Opala 4.1. A carroceria em fibra de vidro e o projeto assinado por Rigoberto Soler.
Apresentado em 1976, era recheado de recursos tecnológicos avançados para a época. Era caríssimo e por isso foi um fracasso comercial, vendendo apenas sete unidades.
Lançada em 1966, a limusine tinha alguns centímetros a mais que o Itamaraty convencional. Tinha bancos de couro, vidro separando motorista e passageiros e outros luxos.
Sempre na cor preta, era destinado a autoridades governamentais. Dos 27 produzidos, apenas oito foram vendidos a particulares.
O primeiro carro ficou pronto em 1973. Foi projetado e fabricado sem maiores pretensões por um jovem chamado Mário Richard Hofstetter, para seu uso pessoal, em passeios pelas ruas de São Paulo.
Mas o sucesso foi tamanho que o modelo inspirado no Maserati Boomerang ganhou outros 18 exemplares, a partir de 1984. Com portas ‘asa de gaivota’, o Hofstetter tinha motor turbo VW 1.6 do VW Passat, passando depois ao AP 1.8.
Lançada no finzinho de 1968 (como modelo 1969) a versão esportiva do Esplanada foi uma iniciativa da Chrysler — que havia acabado de comprar a Simca — enquanto preparava o lançamento da linha Dodge no Brasil.
Seu motor era o mesmo V8 Emisul dos demais modelos herdados da Simca, mas o câmbio era de quatro marchas no assoalho. Tinha bancos individuais reclináveis e um belo console de madeira. A produção foi de 631 unidades.
Além dessas cinco “moscas brancas”, o Museu do Automóvel de Canela, possui outros nacionais bastante exclusivos, caso do GT Malzoni; dos Simcas Jangada e Presidence; do Brasinca Uirapuru...
Redação e edição: Fernando Barenco - Maxicar Fotos: Maxicar, Museu do Automóvel de Canela, Museu Hollywood Dream Car e Museu Amerian Old Trucks